Educação

Prefeitura de Belém dialoga sobre a educação oferecida aos migrantes, refugiados e indígenas

Com o objetivo de refletir sobre os desafios e conquistas do atendimento educacional e aprendizagem aos estudantes migrantes, refugiados e indígenas matriculados nas redes públicas de educação, começou nesta segunda-feira, 11, no auditório da Universidade do Estado do Pará (UEPA), o II Seminário Formativo Intermunicipal de Educação Intercultural (Sefinter), promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Semec), por meio da Coordenação de Educação Escolar de Indígenas, Imigrantes e Refugiados (CEEIIR).

O evento prossegue nesta terça-feira, 12, e tem como tema “Diálogo para Construção de uma Educação Intercultural nas Redes Públicas de Ensino”. O seminário envolve professores, pais e estudantes indígenas, além de instituições de Belém e outros municípios, como Ananindeua, Benevides, Jacareacanga, São Miguel do Guamá, Santarém e Marabá, que atuam com a população migrante refugiada e indígena.

O auditório da UEPA lotou para discutir sobre educação intercultural nas redes públicas de ensino – Foto: Luis Miranda/Semec

Compartilhar experiências

Para a coordenadora da CEEIIR, Núbia Alencar, o seminário é uma troca de experiência que atende uma demanda social dos povos, que precisam estudar e migraram para Belém e outros municípios do Estado.

“Quando pensamos esse seminário foi  com a intenção de compartilhar experiências, desafios e caminhos tomados por quem está envolvido com essa demanda social. Por esse motivo convidamos vários municípios e mais o representante da Secretaria de Educação do Estado para que cada um contribua na construção de uma educação intercultural”, informou a coordenadora Núbia Alencar.

Melhoria – Para a estudante Sakanatoo Chabi, a segunda edição do Sefinter é importante porque abre espaço para apresentação de propostas para melhorar a vida de quem foi obrigado a deixar sua terra. “A gente vem atrás de uma vida melhor, de um futuro melhor, sabemos das dificuldades que vamos encontrar, que começa com a barreira da língua. Pra gente esse espaço se torna importante porque podemos manifestar nossas dificuldades e propor medidas que ajudem a superar essas dificuldades”, disse a estudante.

Chabi chegou a Belém em 2019, procedente de Benin, na África Ocidental. Atualmente está concluindo o curso de administração na Universidade Federal do Pará (UFPA) e é coordenadora da Associação dos Estudantes Estrangeiros daquela instituição de ensino, que conta com 300 alunos de 17 países.

Avançar – O diretor geral da Semec, Diogo Sousa, que representou a secretária Araceli Lemos, enfatizou que o evento permite conhecer os acertos, as dificuldades e avançar nas melhorias dos serviços aos refugiados e comunidades indígenas. “Nós acreditamos, que através do compartilhamento de conhecimento e experiências interinstitucionais do atendimento a migrantes e refugiados no Brasil poderemos melhorar os serviços ofertados e avançar no debate de políticas públicas para essa parcela da população”, afirmou.

Durante os dois dias do evento, os inscritos  participam de painéis e mesas de debates sobre  temas como movimentos migratórios, expectativas educacionais dos povos indígenas e não indígenas, além de orientações sobre educação intercultural e estrutura das redes públicas de ensino no atendimento educacional a esta parcela da população.

Texto: Luis Miranda

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing, Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará - Brasil.

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