No Janeiro Branco, ONG Zoé reforça atendimento de saúde mental à população da região de Belterra, no Pará
De 23 a 26 de janeiro, psicólogas da ONG Zoé atendem presencialmente a população da região de Belterra no CAPS I. Além disso, serão inauguradas duas salas de brinquedos montadas para dar suporte ao atendimento de crianças neuroatípicas e realizadas palestras para pais e profissionais de saúde. As ações fazem parte do Janeiro Branco, mês de conscientização sobre saúde mental.
O trabalho com foco em saúde mental desenvolvido pela ONG Zoé na região de Belterra, no Pará, desde 2022, é intensificado no Janeiro Branco, mês de conscientização sobre o tema. De 23 a 26 deste mês, acontece a Expedição do Janeiro Branco, com atendimento presencial à população local no Centro de Atenção Psicossocial de Belterra – CAPS I. A meta é realizar no período, cerca de 250 atendimentos de crianças, adolescentes e adultos.
Além dos atendimentos, as psicólogas farão orientação direcionada a pais de crianças com diagnóstico de neurodiversidade e palestra para profissionais de saúde da região. Também serão inauguradas duas salas de brinquedos, montadas pela Zoé, para dar suporte ao atendimento psicológico às crianças neuroatípicas.
O grupo de voluntários é composto pela psicóloga Ana Lúcia Gomes Castello, de São Paulo, coordenadora da iniciativa pela Zoé, e mais nove psicólogas das cidades de Santarém e Belterra. O time local de psicólogas voluntárias faz parte do programa de saúde mental que a Zoé desenvolve na região desde 2022. As psicólogas realizam atendimento mensal presencial sempre no último final de semana, no CAPS I.
Além disso, durante o período da expedição, psiquiatras da Zoé em São Paulo, estarão organizadas em plantão para suporte por telemedicina, informa a psiquiatra Raquel Chilvarquer, que coordena esse atendimento. Segundo ela, o atendimento psiquiátrico por telemedicina da Zoé está implementado no CAPS I, de Belterra, desde abril do ano passado. “Atualmente, são cinco psiquiatras que se revezam, proporcionando atendimentos semanais por telemedicina, que são marcados pela equipe do CAPS I”, informa Raquel.
Em termos de cenário de saúde mental na região, a opinião das especialistas voluntárias da Zoé convergem. Com base no trabalho realizado até o momento, os principais problemas no âmbito da saúde mental estão relacionados à alcoolismo, drogas, abuso sexual, depressão, transtorno de ansiedade e problemas familiares. Ademais, destacam que a parceria e colaboração da Prefeitura e do CAPS de Belterra tem sido essencial para
viabilizar os atendimentos e aperfeiçoar o projeto.
Abordagem terapêutica EMDR
Ana Lucia informa que o grupo de psicólogas foi selecionado, privilegiando profissionais com perfil para trabalhar com ajuda humanitária e ações sociais. Elas foram treinadas por Ana Lucia na abordagem terapêutica EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing ou em tradução livre para o português, Dessensibilização e Reprocessamento por meio do Movimento dos Olhos) em que a psicóloga da Zoé é
especialista e habilitada a dar treinamento.
O EMDR é uma abordagem terapêutica que desbloqueia memórias dolorosas por meio da estimulação bilateral do cérebro. Essa técnica foi desenvolvida na década de 1980 pela psicóloga norte-americana Francine Shapiro, e utilizada para o reprocessamento de traumas, que podem gerar distúrbios psicopatológicos, tais como: transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade, depressão. “Em síntese, em uma sessão de EMDR, o terapeuta relembra com o paciente uma situação traumática e por meio de estímulo visual, tátil e/ou auditivo, promove movimentos oculares de determinado modo, que auxiliam o cérebro a reprocessar o fato e arquivá-lo de maneira mais funcional”, explica Ana.
Sobre a Zoé
A Zoé foi fundada em São Paulo (SP), no final de 2019 com o propósito de levar assistência médica especializada às comunidades ribeirinhas dos rios Tapajós e Baixo Amazonas e ao povo indígena Zoé. O grupo de fundadores é formado predominantemente por médicos com histórico pessoal de atendimento a populações da Amazônia.
Desde sua criação até novembro de 2024 foram 31 expedições no Pará para atendimento a populações ribeirinhas dos rios Tapajós e seus afluentes e do Baixo Amazonas, nas regiões de Belterra, Aveiro, Santarém e Óbidos. Nesse período, foram 10.8959 atendimentos, realizados por 282 voluntários.
Faça parte
Qualquer pessoa pode contribuir com o trabalho realizado pela ONG Zoé em prol das
populações ribeirinhas do Pará.
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Informações à Imprensa:
SENSU Consultoria de Comunicação
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Fonte: Sensu Consuloria de Comunicação
Por Lídia de Santana
Fotos: Divulgação Ong Zoé