Projeto Científico Promete Impacto Positivo no Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Paraense
Um novo marco no desenvolvimento sustentável da Amazônia foi alcançado com a aprovação do projeto científico “Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Paraense: O impacto de projetos de REDD+ e recuperação de áreas degradadas”, liderado pelo Prof. Dr. Gabriel Brito da Costa, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). O projeto, vinculado ao OBATMAM: Observatório Atmosférico da Amazônia, localizado na Fazenda Experimental da UFOPA e conta com a parceria técnica do Instituto Salvaterra, presidido pelo Sr. Alexandre Diniz.
Aprovado pelas agências nacionais CNPq e FINEP, o projeto assegurou um financiamento robusto de R$ 7 milhões. Os recursos serão destinados à aquisição de equipamentos tecnológicos para monitoramento climático e implementação de iniciativas na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (RESEX Tapajós-Arapiuns), no estado do Pará.
Comunidades Beneficiadas
As atividades serão realizadas em parceria com duas comunidades da RESEX:
– Comunidade Surucuá, em colaboração com a Cooperativa Agroextrativista de Surucuá (COOPRASU);
– Comunidade Parauá, representada pela Associação Comunitária e Agrícola de Parauá (ASCAPA).
Ambas já possuem acordos de cooperação técnica com a UFOPA, fortalecendo a base de trabalho colaborativo para atingir os objetivos do projeto.
Objetivos Estratégicos
O projeto abrange uma ampla gama de metas que combinam ciência, educação e prática sustentável. Entre os principais objetivos, destacam-se:
1. Validação Climática: Validar dados de satélite sobre emissões e captura de CO2 em áreas degradadas e regeneradas na Amazônia.
2. Estimativa de Carbono: Avaliar a captura de CO2 em áreas cultivadas com culturas bioeconômicas como cacau, mandioca, milho e frutíferas.
3. Capacitação Comunitária: Promover seminários e materiais informativos em linguagem acessível para as comunidades locais.
4. Regularização Ambiental: Elaborar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para 300 pequenos produtores comprometidos com práticas sustentáveis.
5. Iniciativas Bioeconômicas: Estimular o plantio de culturas de interesse em áreas degradadas, com foco em geração de renda e projetos de REDD+.
6. Sustentabilidade Produtiva: Demonstrar os benefícios econômicos da redução do desmatamento e degradação, fortalecendo cadeias produtivas.
7. Educação Climática: Criar os “Podcasts do Clima”, materiais educativos que abordem mudanças climáticas e seus impactos sociais e ambientais.
Execução Prevista
O projeto tem execução prevista para iniciar em março de 2025, com duração de 36 meses, consolidando um cronograma estratégico que alinha ciência e sustentabilidade para impactar positivamente o meio ambiente e as comunidades locais.
Impactos Esperados
A iniciativa busca transformar áreas degradadas em polos de regeneração e sustentabilidade, promovendo renda para as comunidades locais e validando soluções científicas inovadoras para os desafios ambientais da Amazônia. Além disso, o projeto pretende ampliar a conscientização sobre a importância de práticas sustentáveis e do combate às mudanças climáticas, não apenas nas comunidades beneficiadas, mas em todo o estado do Pará.
Parceria Estratégica
A parceria entre a UFOPA e o Instituto Salvaterra exemplifica como a união entre academia e organizações civis pode gerar impacto significativo. “Este projeto é uma oportunidade de integrar ciência, comunidade e economia sustentável, criando soluções práticas para os desafios climáticos e sociais da Amazônia”, afirmou o Prof. Dr. Gabriel Brito da Costa.
O projeto promete ser um modelo de referência em desenvolvimento sustentável e recuperação ambiental, reforçando o protagonismo da Amazônia Paraense no combate às mudanças climáticas.
Fonte:Assessoria