Setembro em Flor – mês de atenção aos cânceres ginecológicos
Sugestão de entrevista: oncologista Paula Sampaio / Falar com assessoria de imprensa do CTO. Contatos no final da pauta. Sugestão de Personagem: Solange Maria Belesa, 41 anos (98196-5667)
Em média, 30 mil mulheres recebem o diagnóstico de algum câncer ginecológico, anualmente, no Brasil. Os cânceres ginecológicos são aqueles que afetam o aparelho reprodutor feminino. Os mais incidentes no Brasil são o tumor no colo do útero, no corpo do útero (endométrio), nos ovários, na vulva e na vagina. Desses 5 tipos de câncer, 3 estão entre os dez mais frequentes no País (colo de útero, ovário e endométrio), porém, os números PODEM DIMINUIR DRASTICAMENTE se a população feminina seguir as medidas de prevenção.
Voltada à conscientização sobre o câncer ginecológico, a campanha Setembro em Flor chama a atenção para a prevenção, que pode evitar que a mulher tenha câncer, e também para a importância de exames preventivos, que asseguram o diagnóstico precoce da doença.
Para a oncologista Paula Sampaio, campanhas como essa são parte importante da estratégia para enfrentar o problema. “Nossos esforços são para que os números de casos novos caiam ao longo do tempo, mas para isso é preciso que as campanhas tenham efeito na população. O fato de esse número de novos diagnósticos continuar aumentando no Brasil é preocupante. Um exemplo é o câncer de colo de útero. Em países desenvolvidos, ele é muito menos incidente, principalmente por causa da vacinação em massa. No Canadá e na Austrália, por exemplo, a erradicação é uma meta próxima”, explica a médica. “Enquanto isso, nós (no Brasil) ainda temos cerca de 6 mil mortes por ano por causa de uma doença que é absolutamente evitável”, lamenta.
Prevenção – O uso de preservativos e a vacinação contra o HPV são as principais formas de prevenir a doença. A vacina está disponível gratuitamente na rede pública de saúde, e deve ser aplicada em meninos e meninas entre 9 e 14 anos de idade. O objetivo é proteger crianças e adolescentes antes que elas tenham contato com o HPV, antes de iniciarem a vida sexual. “Se conseguirmos conscientizar as pessoas sobre as medidas de prevenção, estaremos no caminho da erradicação do câncer de colo de útero”, resume a médica.
A mulher deve ter ainda mais atenção se houver casos prévios de câncer ginecológico na família e se surgirem alterações como sangramento, secreção vaginal, inchaços e dores ao urinar. Tudo isso deve ser investigado. “Muitas vezes, na correria do dia-a-dia, a mulher não dá a devida atenção aos sinais do próprio corpo e algumas doenças podem surgir sem que sejam percebidas. É de extrema importância a realização do check-up ginecológico periódico”, explica Paula Sampaio, oncologista do Centro de Tratamento Oncológico.
“O diagnóstico precoce faz a diferença. Segundo levantamentos do Ministério da Saúde, há duas décadas, 80% das pacientes morriam com esses tipos de câncer. Hoje, 80% são curadas, uma inversão atribuída à descoberta do tumor em estágios iniciais, que possibilita o tratamento com melhores resultados”, finaliza a médica.
Tipos de cânceres ginecológicos:
– Câncer de colo do útero – Entre os cânceres ginecológicos, é o mais incidente. No Brasil, é o terceiro mais frequente entre as mulheres, com 17 mil casos/ano (INCA). Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao vírus HPV.
– Câncer de endométrio – É o tumor de corpo uterino mais frequente (7.840 mil casos/ano). Ocorre na camada interna do corpo do útero. É mais comum em mulheres pós- menopausa (80% dos casos acima de 50 anos)
– Câncer de ovário – Com 7.310 mil casos/ano, em sua maioria, os sintomas só se manifestam em estágio avançado, dificultando o diagnóstico precoce. Essa é uma das razões para ser o tipo mais letal entre os cânceres ginecológicos, com cerca de 4 mil mortes/ano.
– Câncer de vulva – Possui maior frequência entre as mulheres após a menopausa. Entretanto, esporadicamente, pode ocorrer em mulheres mais jovens. Corresponde a 4% dos tumores ginecológicos, causado principalmente pela infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
– Câncer de vagina – É raro, corresponde a 1% dos tumores ginecológicos, aproximadamente. É causado principalmente pela infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
Sugestão de personagem:
Câncer de colo de útero
Solange Maria Belesa, 41 anos (98196-5667)
Solange Belesa sempre fez os exames preventivos anuais, mas em janeiro de 2024 começou a ter sangramentos vaginais fora do período menstrual. Depois de três episódios de hemorragia, ela decidiu antecipar os exames previstos para novembro.
Nos exames de imagem foi verificada uma alteração no útero. Em seguida, foi encaminhada a um oncologista, que confirmou o diagnóstico de câncer. O tumor no colo do útero já afeta também o canal vaginal, o que impede a realização de cirurgia. Solange vai iniciar a quimioterapia neste mês de setembro.
Contato:
Assessoria de imprensa do CTO
Ronaldo Penna – [email protected] / (91) 98814-1569
Dina Santos – [email protected] / (91) 99161-3302 e 98374-7880