Cultura

Festival Pan-Amazônico de Cinema será aberto com convocatória, nesta quinta, 23 de maio

Lançamento do AMAZÔNIA (FI)DOC terá exibição de filme sobre expedição do indigenista Bruno Pereira

O cinema da Pan-Amazônia vai tomar conta das telas de Belém, de 18 a 27 de novembro, com a décima edição do AMAZÔNIA (FI)DOC – Festival Pan-Amazônico de Cinema. O evento de lançamento do edital de convocatória das inscrições será no dia 23 de maio, às 19 horas, no Cine Líbero Luxardo, do Centur, com sessão especial de exibição do longa documentário “A invenção do outro”, do cineasta Bruno Jorge, seguida de bate-papo com o diretor. O filme mostra a última expedição do indigenista Bruno Pereira na Amazônia, em 2019. Em 2022, Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Philips foram assassinados durante viagem pelo Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas.

Projeto de 15 anos, com nove edições já realizadas, atualmente o festival propõe um recorte curatorial e geopolítico que contempla todos os oito países da Pan-Amazônia (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) e mais a Guiana Francesa, nos formatos curta, média e longa-metragem, nos gêneros documentário e ficção. Segundo Zienhe Castro, cineasta, produtora executiva e diretora geral do AMAZÔNIA (FI)DOC, as versões iniciais do festival mostravam só a produção cinematográfica de documentários da Pan-Amazônia, da Amazônia Legal, mas logo a abordagem se expandiu. “Hoje, a gente procura fazer uma reflexão sobre o cinema documental e também ficcional produzido nas Amazônias, nessa Pan-Amazônia. Tanto que, há cerca de dois anos, a gente alterou o nome do Festival para AMAZÔNIA (FI)DOC. O primeiro nome era AMAZÔNIADOC, pois só exibíamos documentários”, informou Zienhe.

Muito mais do que uma mostra competitiva, o festival é um lugar de diálogos, de encontros e de trocas, afirma Zienhe Castro. “É um lugar de se ver nas telas, nossa terra, nossa gente, nossas narrativas, e debater a cinematografia produzida nessa região. O festival proporciona isso. Esse é o grande propósito: a gente se encontrar, se conhecer, se reconhecer, se ver nas telas”, destacou.

Com financiamento da Lei Paulo Gustavo (mostras e festivais) e da Lei Federal de Incentivo à Cultura (patrocínio oficial do Instituto Cultural Vale), a décima edição do AMAZÔNIA (FI)DOC – Festival Pan-Amazônico de Cinema pretende retratar realidades e evidenciar o protagonismo da produção cinematográfica amazônida. Nesse ano, segundo Zienhe, o desafio é ousar. “A gente vai homenagear um país da Pan-Amazônia. A ideia é trazer a Colômbia, o primeiro país pan-amazônico convidado e homenageado, e representantes dessa cinematografia, dois ou três realizadores colombianos serão convidados”, assinalou.

Outra novidade será o resgate da premiação em dinheiro, além dos troféus, para os filmes selecionados pelo júri oficial na mostra competitiva pan-amazônica. O melhor longa e o melhor curta receberão um prêmio em dinheiro. “O prêmio em dinheiro atrai mais e é um reconhecimento e incentivo para o realizador, para quem produziu, para quem dirigiu o filme”, disse Zienhe.

A diretora geral do AMAZÔNIA (FI)DOC também ressaltou a importância de dar visibilidade aos artistas visuais da Amazônia. “O troféu foi uma peça criada por um designer amazônida marajoara, Ronaldo Guedes. A identidade visual dessa 10ª edição foi desenvolvida por um artista visual e designer nosso, aqui do Pará, o Vicente Vilson. A gente tem tentado fortalecer, por meio do festival, o audiovisual, as artes visuais e dar protagonismo para todos os amazônidas”, afirmou.

O festival terá várias ações, com itinerâncias pelo Marajó (exibições e oficinas), até a realização das mostras competitivas, com mesas de debates e o fórum de cinema da Amazônia, de 18 a 27 de novembro. O evento de lançamento, no dia 23 de maio, no Líbero Luxardo, abre a convocatória das inscrições para a seletiva de filmes. Os candidatos podem se inscrever, na plataforma filmfreeway, até 15 de setembro.

Convidado

Escrito, produzido, dirigido e editado pelo cineasta Bruno Jorge, em 2022, o filme “A invenção do outro” é um documentário sobre a expedição realizada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na Amazônia, na região de fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia, para estabelecer contato com os indígenas isolados do povo korubo. O indigenista pernambucano Bruno Pereira, assassinado antes do lançamento do filme, foi um dos principais nomes responsáveis pela realização do projeto.

O documentário teve exibições no Festival de Brasília, na Mostra de Cinema de Tiradentes, no Festival de Vídeo e Cinema de Cuiabá, no Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental e no Docville, da Bélgica. Também pernambucano, Bruno Jorge tem sete anos de carreira e já dirigiu três filmes. O diretor participa de bate-papo com o público depois da exibição, no Líbero Luxardo.

Serviço

Lançamento do AMAZÔNIA (FI)DOC – Festival Pan-Amazônico de Cinema.

Local: Cine Líbero Luxardo, Centur.

Data e hora: 23 de maio, às 19 horas.

Com exibição do documentário “A invenção do outro”, de Bruno Jorge, seguida de debate com o diretor.

Por: Rita Soares/Assessora de imprensa
Fonte: Jambo Comunicação

 

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing, Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará - Brasil.

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