Acontecimento inédito e solene: A premiação da médica paraense Maitê Gadelha, pelo ISM
Neste domingo,13/9, o Instituto Silvio Meira – ISM, presidido pelo advogado e professor André Meira, completa 07 anos de fundação. Como parte das festivas, na última sexta-feira foi outorgada a Edição Especial do “Prêmio Silvio Meira” à jovem médica doutora Maitê Gadelha, pelos relevantes serviços prestados à sociedade em tempos de Covid-19. Confira a entrevista com o presidente do ISM e com a premiada.
1. Presidente André, fale dos 7 anos do Instituto. O que o ISM tem feito?
R- O ISM foi fundado no dia 13 de setembro de 2013, com a realização do I Congresso Luso-Brasileiro de Direito, no Hangar. É um dia especial pra nós, pois, com a ajuda dos amigos que abraçaram o projeto ao longo dos anos, o sonho se tornou realidade. Já foram mais de 14 Congressos, diversos simpósios, em diferentes estados do Brasil, assim como em Portugal, na Itália e na Espanha, além de vários eventos virtuais (lives) em tempos de Covid; 5 reedições de obras do professor Silvio Meira, patrono do ISM; 1 visita oficial na OMC, em Genebra; diversas parcerias, convênios com instituições nacionais e estrangeiras; 2 edições da nossa Revista Juridica (Digesto), 1 Boletim Jurídico, 14 Cátedras de Investigação Científica, além de várias outorgas do “Prêmio Silvio Meira”, do “Prêmio Myrthes Gomes de Campos” (mês da mulher); o recém lançado “Premio Reitor Clóvis Malcher”, que será direcionado aos alunos da Escola de Aplicação da UFPA (antigo NPI); o projeto social “ISM nas ESCOLAS”, além de diversos cursos em parceria com a Escola Superior do IAB Nacional. Hoje, somos a Família ISM. Só tenho a agradecer a todos os que deram apoio e acreditaram em nós. Rumo aos 10 anos!
2. E a edição especial do “Prêmio Silvio Meira” à jovem médica Maitê Gadelha? O que levou à premiação?
R – Uma honra pra nós poder premiar uma jovem médica paraense, a doutora Maitê Gadelha, que, no começo da pandemia, ganhou projeção nacional ao idealizar o projeto junto ao Ministério da Saúde para que fossem antecipadas as formaturas dos alunos de medicina que estavam no último semestre do curso, a fim de ajudar no combate ao coronavírus. Na época, chegou a ser matéria do Fantástico, na Rede Globo. O movimento, que atingiu 154 faculdades e 6,5 mil alunos, chegou ao MEC e resultou na graduação antecipada de vários alunos no país. Uma belíssima iniciativa que demonstra, acima de tudo, atitude e coragem, honrando o juramento de Hipócrates, neste difícil ano para toda a humanidade. A doutora Maitê merece todas as homenagens, principalmente da sua terra natal, o Pará.
3. Doutora Maitê, conte um pouco mais do projeto idealizado junto ao Ministério da Saúde:
R – A iniciativa tinha como objetivo antecipar a formatura de alunos que estavam há poucas semanas da conclusão do curso de Medicina, para que pudessem ser úteis durante a pandemia. Na época, estávamos com as atividades acadêmicas suspensas e vimos que não poderíamos auxiliar nem como alunos e nem como profissionais. No entanto, sentíamos-nos capacitados e tínhamos muita vontade de poder trabalhar e ajudar em um momento como o que estávamos vivendo.
Na época, tentamos antecipar a conclusão diretamente com cada faculdade. Contudo, percebemos que haveria uma divergência muito grande entre as decisões de cada local. Por isso, decidimos fazer algo maior e mais organizado. Então, realizamos um Estudo para comprovar a necessidade de médicos em várias regiões do país e como a antecipação da formatura dos alunos que já estavam prestes a se formar ajudaria toda a sociedade.
Contamos com o apoio da Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina no Brasil (IFMSA Brazil) e da ANADEM (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), que foram os braços para que conseguíssemos chegar com nosso projeto em Brasília. O mais legal de tudo foi ver o engajamento de todos os envolvidos, principalmente nas redes sociais. E, além disso, o mais gratificante, foi ver tantos colegas trabalhando dia e noite durante a pandemia atendendo a população, nos mais diversos lugares pelo país.
4. Como foi ter recebido a edição especial do “Prêmio Silvio Meira”?
R – Sinto-me muito honrada pelo prêmio. Em nenhum momento iniciei esse projeto para receber algo em troca e, com o passar dos dias, tudo foi tomando proporções ainda maiores. Sou muito grata a Deus por estar sendo reconhecida por ter feito algo com amor. Não só o projeto nacional para a antecipação, mas todo o trabalho realizado durante a pandemia, em Belém e no interior, mostraram que tudo valeu a pena. Então eu só tenho a agradecer pela oportunidade e pelo reconhecimento.