Palácio Antonio Lemos: Palacete Azul garante vida nova ao patrimônio
Para a arquiteta e urbanista Jussara Derenji o principal desafio diante de tanta riqueza que o Palácio Antônio Lemos representa e detém, é a manutenção completa e contínua.
A reforma do Palácio Antonio Lemos pela atual gestão foi decidida logo após o prefeito Edmilson Rodrigues assumir novamente a Prefeitura de Belém , em janeiro de 2021, e visitar o prédio histórico que, na ocasião estava fechado, em estado extremo de deterioração, resultado de anos de abandono e descaso.
Arquiteta e urbanista, Jussara Derenji garante “que um dos grandes símbolos dessa nossa história mostrada através do Palácio Antônio Lemos é que nele exista a urna com os restos mortais do Lemos. Ele mostra como a história tem essas idas e vindas. Como nós estamos de passagem pela cidade, nós temos a obrigação de manter adiante. Você tem um intendente que foi muito criticado à sua época – muito louvado e muito criticado também. Em um dado momento, a cidade, os políticos, a conjuntura histórica expulsa essa pessoa. Ele vai pro Rio em situação humilhante e logo depois ele falece. Mas, 40 anos depois, a cidade se repensa e o traz de volta. E ele está lá”
Ainda em 2021 foi realizada a obra de pintura externa do prédio e restauração de todo o teto do Palácio Antônio Lemos. Em 2022, após avaliação especializada, a Prefeitura deu início à restauração completa do prédio, realizada em 18 meses de obras, com um investimento municipal de R$ 26 milhões.
O espaço recebeu inúmeros serviços de restauro e recuperação, assim como a modernização dos sistemas de segurança, elétrico e contra incêndios. Para o prefeito Edmilson Rodrigues, mais do que a reforma física do prédio, o mais importante é o resgate e a valorização da memória histórica que o Palacete Azul significa para Belém. “Agora o palácio pode voltar a ser a sede do governo municipal, da municipalidade. A restauração de todos os espaços está à altura da riqueza histórica de Belém”, conclui.
A volta do fluxo de pessoas no Palacete Azul garante vida nova ao patrimônio, que já tem em sua trajetória a forte imagem do encontro entre a suntuosidade europeia e a suntuosidade amazônica, quando o prefeito Edmilson Rodrigues, em seu segundo mandato no executivo municipal, convidou Mestre Verequete para uma audiência no gabinete palaciano e o vislumbrou subir os 35 degraus de mármore adornados com tapete vermelho.
Serviço:
Exposições abertas ao público no Museu de Arte de Belém – Palácio Antonio Lemos:
– Exposição “Belém no acervo Mabe. Para ler como quem anda nas ruas”. Sala Antonieta Santos Feio.
– Mostra “Arte na obra”. Fotografias, painéis e depoimentos em vídeo. Sala Theodoro Braga.
Visitação gratuita de terça a sexta, de 8h30 às 14h.
Endereço: Praça Dom Pedro II, s/n – Cidade Velha.
Fonte: Agência Belém/Erika Morhy