O Fato do Dia

Governo realiza 1ª Conferência Estadual de Agricultura Familiar e Comunidades Tradicionais no Pará

O evento faz parte da programação da 5ª edição do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática, realizado pela Semas

A apresentação do Plano Estadual de Agricultura Familiar e Comunidades Tradicionais, realizada na manhã desta quinta-feira (21), durante a 1ª Conferência Estadual da Agricultura Familiar e Comunidades Tradicionais, no Hangar Centro de Convenções, representa um marco no Estado do Pará. Construído de forma colaborativa entre governo e sociedade, o Plano, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), vai orientar políticas públicas de desenvolvimento destes segmentos sociais. 

Ao todo, mais de 700 lideranças da agricultura familiar e integrantes das comunidades de todo o Estado participaram da programação, que faz parte da 5ª edição do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática, realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

“A nossa 1ª Conferência Estadual da área é resultado de diálogos com atores da agricultura familiar e das comunidades tradicionais das 12 regiões de integração do Pará realizadas nos últimos meses. Além do Plano, apresentamos hoje a composição do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável, que integra 62 instituições e será um espaço de implementação do plano, que virá beneficiar, especialmente, agricultores, comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas”, explica Cássio Pereira, titular da Seaf.

Veja nas imagens.

Desde novembro deste ano, as cidades-polos recebram um total de seis conferências regionais que discutiu a agricultura familiar – Belém, Abaetetuba, Marabá, Redenção, Altamira e Santarém. João Uchôa, que atua na Fundação “Viver, Produzir e Preservar”, no oeste paraense, com foco na atuação dos agricultores familiares da área da Transamazônica e Xingu, celebra a oportunidade de fazer parte, de forma integrada à Seaf, da construção do Plano.

“Compartilhamos experiências que merecem ganhar escala no sentido da verticalização da produção e na valorização da área. Estar hoje na Conferência Estadual é a oportunidade de ter um olhar a um nível mais amplo, celebrando a apresentação de um Plano que trará diretrizes para nos mostrar caminhos, organizar nossas demandas, transformá-las em projetos e mais, transformar a vida do povo. Fazer isso de forma democrática e colaborativa, valorizando as nossas experiências, e transformar isso em política pública abrangente é muito importante pra gente”, destaca João Uchôa.

O superintendente do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Edson Júnior, reforça que o evento marca a culminância de um amplo processo de consulta junto à população. “O Governo do Pará está de parabéns pela iniciativa. Acompanhamos 80% das conferências regionais e fortalecemos, cada vez mais, a nossa parceria, com uma sinergia muito grande com as ações de movimentação do estado, para fazer convergir as políticas federais com as estaduais. No objetivo é caminharmos juntos para construir políticas que fortaleçam a cultura familiar”, pontua.

Entre os principais focos da Conferência, estão: discutir potencialidades, desafios e proposição de ações e políticas públicas de promoção dos agricultores familiares e comunidades tradicionais, bem como de desenvolvimento rural sustentável. Durante a programação, foi assinado o primeiro acordo de cooperação técnica que visa a implementação do Plano, junto ao Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). 

FÓRUM PARAENSE – O secretário adjunto da Semas, Raul Protázio, que integrou a mesa de abertura da discussão da Conferência, alertou sobre o período de transação que a sociedade viverá. Ele frisou que daqui a 10 ou 20 anos, o mundo será completamente diferente, seja relacionado ao clima, à economia ou até mesmo sobre a forma de produzir alimentos.

“Já começamos a sentir os efeitos dessa transição. Precisamos passar por um processo de adaptação, só que essa transição precisa ser justa e não excludente. Precisa incluir aqueles que menos contribuíram para as mudanças climáticas, historicamente, e, geralmente, são os que mais sofrerão os impactos. Todos nós queremos contribuir para a mitigação dos efeitos, para a adaptação do que já não tem mais como mitigar e juntos, governo, sociedade civil, governo federal, governo estadual, prefeituras, povos e comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, extrativistas, aqui representado, todo mundo precisa estar inserido nesse pacto pela transição de justiça”, pontua o secretário adjunto da Semas. 

NÚMEROS – No Pará, agricultores familiares e comunidades tradicionais paraenses (AFCT) representam entre 250 e 300 mil famílias que vivem e produzem no campo, nas águas e na floresta. Eles são responsáveis pela maior parte dos alimentos que abastecem a mesa dos paraenses (mandioca, hortaliças, grãos, produção de leite, mel, pequenos animais, cupuaçu, banana, maracujá e outras frutas), são os principais produtores de pimenta-do-reino, açaí e cacau, produtos relevantes na pauta de exportação paraense, bem como pela oferta dos produtos da sociobioeconomia (andiroba, castanha, borracha, babaçu, pupunha, copaíba).

Fonte: Agência Pará
Por Giovanna Abreu (SECOM)

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing ,Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará.

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