Cultura

Profissionais compartilham suas experiências no Dia Internacional das Mulheres na Engenharia

Nesta sexta-feira (23) é o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia. A data, criada pela Women’s Engineering Society (WES), do Reino Unido, celebra a participação feminina neste ramo do conhecimento, mas também chama a atenção para a desigualdade que ainda existe entre homens e mulheres nesta carreira. De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o Brasil tem mais de 216 mil mulheres na engenharia, o que corresponde a cerca de 20% do total de profissionais dessa área. Apesar de ainda serem minoria, as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço nas diversas áreas da engenharia, assumindo cargos técnicos e estratégicos no mundo corporativo.

Na Alubar, empresa líder de mercado na fabricação de cabos elétricos de alumínio da América Latina e maior produtora de vergalhões de alumínio do continente americano, as engenheiras têm participação importante em diversas áreas, desde o meio ambiente, passando pelos projetos de expansão, controle de produção e estratégias comerciais.

Camila Bastos – Engenheira Ambiental e Sanitária
Foto: Divulgação

Camila Bastos é engenheira de meio ambiente na unidade da empresa em Barcarena, no Pará. Ela conta que ingressou na carreira pela vontade de contribuir com os desafios do saneamento básico. Na Alubar há seis anos, ela passou pelos cargos de estagiária, assistente e trainee até ser promovida a engenheira júnior, sendo hoje uma das responsáveis pelo processo de tratamento de efluentes e gerenciamento de resíduos. “O que mais gosto da minha área é a interface com outros setores e novos desafios diários que contribuem para o meu ganho de conhecimento e desenvolvimento em análises técnicas”, afirma.

Para as novas profissionais de engenharia, Camila recomenda a persistência. “Nós, mulheres, somos capazes de lidar com diversas situações de forma simultânea, trazendo uma agilidade e análises detalhadas, além de maiores níveis de responsabilidade e comprometimento com o que desenvolvemos. Então, não desistam por pedras no caminho e perseverem, porque nós somos capazes de tudo”, aconselha.

Elisângela Pereira – Engenheira Industrial
Foto: Divulgação

 Elisângela Pereira, que é engenheira industrial e coordenadora de Planejamento e Controle de Produção (PCP), também considera a presença das mulheres na engenharia cada vez mais crescente e necessária no mercado de trabalho. “A engenharia precisa de mais mulheres ocupando espaços para desenvolver suas aptidões e encontrar soluções para lidar com os desafios impostos pela carreira. Então estudem, se capacitem e abracem as oportunidades, pois o respeito e o reconhecimento profissional são alcançados com seriedade, competência e determinação”, afirma.

 Elisângela trabalha na Alubar Global Management, em São Paulo. Mas sua carreira na empresa começou lá em 2007, como jovem aprendiz na fábrica de Barcarena. Após sete anos trabalhando diretamente na operação da produção de cabos elétricos, ela foi promovida a analista de PCP, departamento estratégico que alinha a produção aos interesses comerciais da empresa em nível global. Hoje em um cargo de gestão, ela conta que a formação em engenharia é fundamental para entender a estratégia do Grupo Alubar de forma integrada. “A engenharia me auxilia a ter uma visão macro do negócio englobando departamentos que fazem a interface com o PCP, tornando possível contribuir para a melhoria dos processos, atuando de forma estratégica e voltada ao alcance dos resultados estabelecidos pela organização, como também focar na gestão de pessoas e gerenciamento das etapas de produção”, explica.

Annamaria-Nazareth-Engenheira-Civil.
Foto: Divulgação

 A engenheira civil Annamaria Nazareth trabalha principalmente com as obras civis necessárias para a instalação de máquinas e equipamentos de produção. Apesar de estar lotada em Barcarena, ela participa de projetos em todas as plantas do Grupo Alubar, chegando a prestar serviços também nas fábricas do Canadá e dos Estados Unidos. “Tem gente que acaba na engenharia porque não deu certo em outras áreas, mas eu sempre quis ser engenheira civil. De verdade, lá atrás, eu me mudava muito com os meus pais, então sempre quis ter uma casa fixa. Eu me perguntava como que se construía uma casa, e sentia mais afinidade com engenharia do que com a arquitetura. Foi tentando resolver os meus problemas que hoje trabalho com o problema dos outros”, conta ela, de forma bem-humorada, sobre a escolha da profissão.

 Na Alubar, ela descreve o trabalho como desafiador e gratificante. Durante os quase dois anos na empresa, ela participou de nove entregas de bases, que são projetos estratégicos de expansão industrial. Uma das coisas que Annamaria mais gosta no serviço é aprender com pessoas diversas e evoluir como profissional. “No cenário em que estamos, tenho contato com pessoas de diferentes nacionalidades e gosto muito de tratar com as pessoas, conhecer suas maneiras de executar atividades, gerir problemas e pensar em planos de ação. Nós aprendemos a nos moldar o tempo todo, porque se perdermos essa capacidade, ficamos estagnados. Você acaba levando isso do profissional para o pessoal”, avalia a engenheira. 

 Mesmo já tendo ouvido comentários negativos sobre ser mulher na engenharia, Annamaria não se abala e foca nos resultados. Para outras mulheres que desejam a carreira de engenheira, ela recomenda o autoconhecimento. “Então aproveitem o curso para acertar, errar e descobrir as habilidades em que você se destaca. Isso é muito pessoal, mas defina seus objetivos, empenhe-se no que você mais gosta e busque formas de alcançar”, afirma.

Ingrid Pinheiro – Engenheira Civil
Foto: Divulgação

 Ingrid Pinheiro também é engenheira civil e foi recém-contratada como trainee da área de Projetos de Expansão Industrial na Alubar Global Management. “A Alubar tem oferecido vasto conhecimento sobre os processos da fábrica, além de informações sobre o alumínio em si. Aprender tanto sobre um metal como o alumínio, que é reciclável e tem propriedades específicas, tem sido de grande peso para mim. Conhecer novas culturas e pessoas e saber que poderei aprender com cada um deles nessa jornada me deixa animada e empolgada”, ressalta Ingrid, que também possui formação técnica em edificações e experiência com projetos, construção de edifício residencial, manutenção predial e zeladoria. 

No ramo de construções, Ingrid Pinheiro conta que já foi descredibilizada inúmeras vezes ao longo da carreira, por ser mulher e recém-formada. “Sempre duvidavam das coisas que eu falava. Quando era necessário corrigir o trabalho de algum colaborador, apenas minha palavra não bastava, era preciso chamar algum engenheiro homem para dar a última palavra”, relembra em suas experiências anteriores à Alubar. Contudo, ela acredita que as mulheres têm ganhado cada vez mais espaço na carreira ao provarem seu valor. “É uma área vasta e que possui muito mercado de trabalho. Desejo que as novas profissionais prosperem e entendam que, para nós, mulheres que atuamos na Engenharia, é preciso ter persistência e mostrar por meio de muito trabalho e esforço o nosso valor”, finaliza.

 Maria Victória Siqueira, que também é trainee recém-contratada, trabalha com engenharia de materiais na área da Produção Metais da Alubar. Ela conta que ingressou na carreira por ter facilidade em aprender ciências exatas. Quando estagiou em uma empresa do ramo de alumínio, ficou ainda mais interessada neste segmento. “Durante esse período de estágio, me apaixonei pelo assunto e pude desenvolver projetos de melhoria na produção. Depois, fui contratada como analista júnior em outra empresa, na qual era responsável pelo lançamento de novos produtos no mercado. O que mais me atraiu à vaga de trainee foi a oportunidade de crescimento de carreira em uma área que já possuía afinidade”, afirma.

 Para as mulheres que querem ser engenheiras, Maria Victória incentiva a não desistir. “Uma vez já ouvi que deveria ter feito ballet ao invés de engenharia, pois ali que era o lugar da mulher. Infelizmente, a engenharia ainda é um ambiente muito masculino cheio de preconceitos, mas aos poucos este cenário vem mudando. Mulheres, não deixem ninguém dizer qual é o lugar de vocês. Nós podemos ser e estar onde quisermos”, destaca.

  O Grupo Alubar é uma indústria de transformação que oferece soluções em cabos elétricos, vergalhões e ligas de alumínio. A empresa é a maior fabricante de cabos elétricos da América Latina e a maior produtora de vergalhões de alumínio do continente americano. Há 25 anos no mercado, a Alubar iniciou suas atividades em Barcarena, no Pará, polo industrial que sedia a maior planta produtiva da companhia. Atualmente, o Grupo Alubar também possui unidades em São Paulo, Rio Grande do Sul, além de fábricas e escritórios comerciais nos Estados Unidos e Canadá.

Fonte: Temple Comunicação por Jobson Marinho

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing ,Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará.

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