O Fato do Dia
Governo do Estado intensifica ações de assistência às vítimas de naufrágio
Um reunião na tarde desta quinta-feira (08) com os gestores dos órgãos do sistema de segurança e assistência social estaduais e municipais no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), definiu as estratégias emergenciais para assistência e investigações do naufrágio de uma embarcação ocorrido durante a manhã nas proximidades da Ilha de Cotijuba, oriundo do município de Cachoeira do Arari, no Marajó.
Durante a coletiva, o governador, Helder Barbalho, informou sobre todas as medidas, estabelecidas de forma imediata, pelos órgãos estaduais e com apoio do município, para garantir apurações céleres e assistência às vítimas do acidente.
“Nos solidarizamos com todos os familiares das vítimas dessa tragédia ocorrida hoje, e reforçamos que estamos acompanhando de perto todas as ações estabelecidas para minimizar os efeitos desse trágico acidente. Desde o primeiro instante, estabelecemos um gabinete de crise para monitorar todos os fatos e estabelecer medidas acertivas. Agora, é importante registrar que a embarcação era clandestina e o responsável pelo transporte já havia sido notificado pela Arcon, assim como teve sua outra embarcação apreendida, e não respeitando utilizou a embarcação de sua mãe para realizar essa viagem. Portanto, a Polícia Civil está atuando de maneira firme, para responsabilizar o responsável por essa tragédia ocorrida em Cotijuba”, afirmou o Governador do Estado.
Até o momento, 63 sobreviventes foram resgatados e conduzidos à Belém, onde estão recebendo assistência psicossocial e também sendo ouvidos para compor o trabalho investigativo. Também foram resgatados 11 corpos, dentre eles, 09 mulheres, 01 homem e 01 criança. Ainda segundo as primeiras apurações, a embarcação tinha capacidade para 82 pessoas.
“Todos os trabalhos estão sendo feitos de forma integrada. Primeiro instalamos o gabinete de crises e estabelecemos a logística de resgatar as pessoas. Depois disso, providenciamos alimentação, vestimenta, transporte de retorno, assim como assistência e acolhimento para sobreviventes e aqueles que perderam familiares. Agora seguiremos nas investigações, portanto todos os sobreviventes estão sendo ouvidos nesse momento, para que se possa também chegar às causas do acidente.
Lembrando que vários órgãos estaduais e municipais estão fazendo parte desse gabinete situciacional, para que juntos possamos garantir o cumprimento de todas as medidas estabelecidas e, assim, consigamos minimizar os transtornos dessa tragédia”, afirmou o titular da Segup.
Cerca de 40 agentes dos órgãos do sistema de segurança pública (Sieds), como Polícias Militar, Civil e Científica, Corpo de Bombeiros Militar, Agentes dos Grupamentos Aéreo e Fluvial, além da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Renda (Seaster), Fundação Parapaz, Companhia de Portos e Hidrovias, Fundação Papa João Paulo II estão atuando de forma integrada em toda a logística e Marinha do Brasil.
Além disso, também estão empregadas 09 embarcações dos órgãos de segurança e uma aeronave do Grupamento Aéreo, junto à duas embarcações da Marinha do Brasil.
A Polícia Civil instaurou um inquérito policial para investigar o naufrágio, e está adotando todas às medidas cabíveis dentro das suas atribuições, para responsabilizar criminalmente os responsáveis.
A Marinha do Brasil também instaurou um inquérito para fazer a apuração sobre a embarcação, do qual será produzido um laudo que será encaminhado ao tribunal marítimo.
Segundo as primeiras apurações, a proprietária da embarcação foi identificada, bem como o filho da mesma, Marcos de Sousa Oliveira, que era o responsável pela viagem que transportava os passageiros do Marajó a Capital do estado.
Segundo a Arcon, a empresa dona da embarcação já havia sido notificada. A embarcação foi retirada de circulação pela Marinha por não possuir autorização para realizar o transporte irregular. Houve reincidência já que os responsáveis colocaram uma nova embarcação para fazer o trajeto, e a Marinha também apreendeu em uma ação de fiscalização. Uma terceira embarcação da mesma empresa, denomidada expresso Dona Lourdes II, de propriedade de sua mãe, foi colocada para realizar o trajeto Marajó – Belém, e veio a naufragar.
Paralelo as buscas, estão sendo realizadas ações integradas de apoio aos sobreviventes e familiares das vitimas do naufrágio, através da Seaster com acolhimento, alimentação e hospedagens aos sobreviventes, até que sejam deslocadas as suas cidades de origens, assim como aos familiares das vítimas. A Fundação ParaPaz está com uma estrutura psicossocial montada dentro do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gflu), para onde os sobreviventes e vítimas estão sendo conduzidos. Uma equipe de psicólogos e assistentes sociais estão prestando total apoio às famílias das vítimas, bem como aos sobrevivente do naufrágio.
Fonte: Ascom/Segup