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Campanha “Julho sem Plástico” tem adesão do TJPA
O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) aderiu à campanha “Julho sem Plástico”, como forma de preparar e incentivar o público interno, formado por magistrados, magistradas, servidores, servidoras, estagiários, estagiárias, terceirizados e terceirizadas, para a eliminação do uso de materiais plásticos no âmbito de suas unidades. Durante o mês, o Núcleo Socioambiental vai publicar semanalmente materiais gráficos e vídeos educativos para download, com dicas para reduzir o uso de materiais plásticos no ambiente de trabalho e na vida pessoal, e estimulando a coleta seletiva de materiais plásticos.
A mobilização se iniciou na Austrália, em 2011, sob o nome de Plastic Free July, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre os danos causados pelo uso do plástico e como a sua redução, com a adoção de pequenas atitudes diárias, ajudaria a salvar o planeta.
O foco da mobilização no âmbito do TJPA é principalmente minimizar e eliminar o uso de copos plásticos descartáveis. “A orientação é reduzir o uso para, enfim, recusá-lo”, como explica a servidora Evelise Rodrigues, que coordena o Núcleo Socioambiental. Ela explica que o núcleo conta com um planejamento para a suspensão definitiva dos copos ao público interno. “A orientação será semelhante à adotada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que eliminou o consumo de copos descartáveis pelo corpo funcional. Cada um com o seu copo e personalizado”.
O Núcleo Socioambiental orienta, ainda, a minimizar o consumo dos plásticos por meio de outros objetos, hábito que pode ser praticado no ambiente de trabalho e na vida pessoal, e que pode ajudar a reduzir impactos ambientais. “Indicamos que seja feita a substituição de itens descartáveis, como talheres, canudos e sacolas, por itens duráveis. Menos plástico, menos lixo”, disse Evelise Rodrigues.
O TJPA prevê, em seu Plano de Logística Sustentável (PLS), uma meta de redução de 10% do consumo de plástico ao ano. Instituído pelo Conselho Nacional de Justiça, (CNJ), o PLS do TJPA foi regulamentado pela Portaria nº134/2016.
A longo prazo, o consumo do plástico acarreta danos ao meio ambiente, e existem diversas razões para que o uso do material seja evitado. Evelise Rodrigues observa que apenas 10% do plástico utilizado é reutilizado, diminuindo a vida útil dos aterros sanitários.
“Por ser um derivado de petróleo e um recurso natural finito, para a extração do plástico, são necessários processos de mineração, com diversos impactos ambientais, muitas vezes irreversíveis. Além disso, o plástico pode demorar até 400 anos para se decompor. Até 2050, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. Ainda, o plástico é responsável pela morte de grande número de animais marinhos que os comem. Há também a presença em grande número de microplásticos, os plásticos invisíveis, em todos os habitats”, aponta a coordenadora do Núcleo Socioambiental.
No caso dos copos plásticos, para as cooperativas de catadores locais, o resíduo não tem valor econômico e, geralmente, é destinado ao aterro ou lixões irregulares, assim contribuindo para a emissão de gases do efeito estufa.
No Brasil, segundo o Ministério do Meio Ambiente, os brasileiros geram por ano mais de 70 milhões de toneladas de resíduos sólidos, e 45% desses resíduos é composto por plástico. Além disso, mais de 77% dos municípios brasileiros não realizam a coleta seletiva, ou seja, grande parte dos resíduos são perdidos e descartados incorretamente na natureza, justificando a continuidade da companha.
Fonte – Coordenadoria de Imprensa do TJPA