Participantes da Residência Cultural do CCBA compartilham seus processos criativos

A Bienal das Amazônias inicia as atividades públicas do segundo ciclo da Residência Cultural do Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) com a mostra Estúdio Aberto, entre os dias 29 de março e 1° de abril, em parceria com a Associação Fotoativa e o Centro de Ciências e Planetário do Pará. O Centro Cultural Bienal das Amazônias tem patrocínio do Nubank, Shell e Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.

Durante três dias, o público poderá participar das oficinas e assistir às conversas sobre os processos criativos dos artistas selecionados para o segundo ciclo de Residência Cultural: André Felipe Cardoso (Quilombo Alto Santana, Goiânia, GO), Rafael RG (Guarulhos, SP), Linga Acácio (Fortaleza, CE), Laíza Ferreira Silva (Belém, PA), Daris Rubio (Hidalgo, México) e Isabella Campos (Bogotá, Colômbia).

Ana Clara Simões Lopes, coordenadora de Pesquisa da Bienal das Amazônias, conta que as pesquisas, diálogos, obras e metodologias das oficinas exploradas no Estúdio Aberto foram desenvolvidas por cada artista de forma amplamente inspirada pela cultura amazônica e, principalmente, paraense.

“Mais do que uma apresentação de resultados, é um espaço de troca, no qual o público pode não apenas conhecer as obras, mas também participar de oficinas e atividades que aprofundam as investigações de cada artista. Esse encontro reforça os diálogos entre arte, território e comunidade, ampliando as leituras das práticas desenvolvidas e fortalecendo os laços com a cidade de Belém e as comunidades que compõem o público da Bienal”, explica Ana Clara Simões Lopes.

A mostra do Estúdio Aberto abre ao público no sábado (29), com a experiência “Ao Cair da Noite Eu Me Guiarei pelo Brilho dos Seus Olhos”, desenvolvida pelo artista visual e escritor Rafael RG, no Centro de Ciências e Planetário do Pará, às 9h. “Considerando o papel do próprio Planetário, esta é uma ação que vai proporcionar um olhar diferenciado a partir do que nós desenvolvemos. Então, é com muita satisfação que nós recepcionamos esta atividade, que terá todo o nosso empenho para que seja um sucesso”, garante o diretor do Centro de Ciências e Planetário do Pará, professor José Roberto Silva.

No mesmo dia, a partir das 15h, as artistas Laíza Ferreira e Linga Acácio também irão mostrar ao público seus processos e investigações elaboradas ao longo da Residência Cultural, só que na Associação Fotoativa, um espaço cultural independente sediado em Belém, dedicado à experimentação, pesquisa e formação no campo da imagem, com ênfase na fotografia. “A Fotoativa sempre se colocou como um espaço de encontro e experimentação no campo da imagem. Receber a residência da Bienal das Amazônias reforça esse compromisso e amplia as possibilidades de diálogo e criação coletiva, conectando diferentes olhares e narrativas dentro do território amazônico”, ressalta Irene Almeida, presidente da Associação.

No domingo (30), também na Fotoativa, acontecem a conversa “O Tecido como Habitância: Mediador-Criador de Mundos” e a oficina “Do Apu à floresta, da lagoa ao rio: Visões dos mundos Andes-Amazônias”, com Isabella Celis Campos, às 10h, e a “Criação de Tramas”, com André Felipe Cardoso, às 13h30.

ATIVIDADE ON LINE

As atividades públicas do segundo ciclo da Residência Cultural do Centro Cultural Bienal das Amazônias se encerram no dia 1° de abril, com o laboratório online “Pássaros Mutantes – Luz, Plástico e Transformação na Amazônia”, realizado pela artista multidisciplinar Daris Rubio.

Voltado a artistas, pesquisadores, ambientalistas e a comunidade local, o laboratório combina bordado, eletrônica e materiais reciclados para refletir sobre o impacto dos resíduos na fauna e na paisagem. Para participar da atividade online é necessário realizar a inscrição previamente, de forma gratuita, através do link: https://forms.gle/91YuCb1AtvTKHSPw5. O laboratório exigirá que os inscritos tenham acesso a tecidos, fios, agulhas, linhas coloridas, LEDs, baterias simples, papel e canetas para realizar as atividades propostas pela artista.

Acompanhe a programação completa do Estúdio Aberto nas redes sociais do Centro Cultural Bienal das Amazônias, principalmente no Instagram @ccba.belem, e no site www.bienalamazonias.com.br.

SERVIÇO
Planetário do Pará
Local: Centro de Ciências e Planetário do Pará, Avenida Augusto Montenegro, Km 03

“Ao Cair da Noite Eu Me Guiarei pelo Brilho dos Seus Olhos”, com Rafael RG

Data: 29 de março (sábado)
Horário: 9h às 12h
Associação Fotoativa
Local: Associação Fotoativa – Praça Visconde do Rio Branco, n° 19 – Bairro da Campina

“Banhar-se em águas poderosas”, com Linga Acácio

Data: 29 de março (sábado)
Horário: 15h às 16h
“Matérias vivas: Tecnologias vegetais”, com Laíza Ferreira

Data: 29 de março (sábado)
Horário: 16h30 às 18h

Conversa “O Tecido como Habitância: Mediador-Criador de Mundos” e Oficina “Do Apu à floresta, da lagoa ao rio: Visões dos mundos Andes-Amazônias”, com Isabella Celis Campos

Data: 30 de março (domingo)
Horário: 10h às 12h

“Criação de Tramas”, com André Felipe Cardoso

Data: 30 de março (domingo)
Horário: 13h30 às 15h30

“Pássaros Mutantes – Luz, Plástico e Transformação na Amazônia”, laboratório online com Daris Rubio

Data: 1° de abril (terça-feira)
Horário: 16h30 às 18h

Programação online. Inscrições: https://forms.gle/91YuCb1AtvTKHSPw5

Sobre o CCPPA

O Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPPA) tem a missão de promover e aplicar o conhecimento em ciências, visando o desenvolvimento científico sociocultural da população paraense. Criado no ano de 1999, o Planetário do Pará “Sebastião Sodré da Gama” se destaca pela disponibilidade de ensino e aprendizagem das ciências, principalmente da Astronomia, com grande repercussão municipal e regional. Seu nome homenageia o cientista paraense Sebastião Sodré da Gama, que ocupou o cargo de diretor do Observatório Nacional do Rio de Janeiro entre os anos de 1929 e 1951. Em 2012, o Planetário do Pará ampliou suas ações e atendimentos com a implantação do Centro de Ciências, que contempla as áreas de astronomia, matemática, química, física e biologia. As visitações ao CCPPA são compostas por sessão de cúpula e acesso ao Centro de Ciências. Uma das principais atrações do CCPPA é a cúpula de projeções Kwarahy – cuja denominação vem do tupi-guarani e significa Sol -, a única cúpula do Brasil que tem sua nomenclatura relacionada à temática indígena. A cúpula possui 11 m de diâmetro e conta com o projetor de planetário Zeiss Skymaster, modelo ZKP-3, que projeta cerca de sete mil estrelas, constelações, lua e planetas. O equipamento simula o céu de qualquer parte do globo terrestre e também pode funcionar como máquina do tempo, apresentando o céu conforme era visto em qualquer época do passado ou futuro. Além destes recursos, na Cúpula, o visitante tem a oportunidade de visualizar chuva de meteoros e projeções de sistemas de coordenadas para localização dos astros.

Sobre a Fotoativa

A Associação Fotoativa é um espaço cultural independente sediado em Belém do Pará, dedicado à experimentação, pesquisa e formação no campo da imagem, com ênfase na fotografia. Desde sua fundação, em 1984, a Fotoativa atua como um importante polo de encontros e trocas, promovendo projetos, residências e ações educativas que dialogam com a diversidade e os imaginários da Amazônia.

Sobre o CCBA

O Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) é um prédio de mais de oito mil metros quadrados localizado no Comércio, em Belém, onde ocorrem diversas atividades culturais e pedagógicas gratuitas para a população. O CCBA desenvolve ainda um programa de Residência Cultural, cujo objetivo é fomentar a criação cultural, pedagógica, artística e curatorial, promovendo troca de experiências e o desenvolvimento de projetos inovadores na Amazônia. O prédio, que recebeu a 1ª edição da Bienal das Amazônias em 2023, está momentaneamente fechado para obras e reabrirá em agosto de 2025 com a 2ª edição da Bienal das Amazônias.