Energia Verde: Hospitais estaduais do Pará têm certificação internacional por uso de energia renovável
Chancela reconhece o compromisso das unidades paraenses com o meio ambiente

Seis hospitais públicos do governo do Pará, gerenciados pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), que aderiram às novas fontes energéticas, receberam a certificação internacional Renewable Energy Certificate I-REC (de energia renovável), que atesta a origem da energia limpa, também conhecida como Energia Verde. A inovação tecnológica e sustentável já garantiu redução de gastos com energia superior a 30%.
Entre as instituições estão o Hospital Jean Bitar (HJB), em Belém; o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua; o Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves; o Hospital Regional Público dos Caetés (HRPC), em Capanema; o Hospital Geral de Tailândia (HGT); e o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), na capital paraense. A iniciativa reforça o compromisso dessas unidades com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.

Na prática, a mudança representa maior economia de recursos, que serão revertidos aos cuidados com os usuários. O investimento em sustentabilidade integra a estratégia do governo do Estado em promover soluções inovadoras nas unidades hospitalares, a partir de práticas que aliam modernização, economia e responsabilidade ambiental.
“A certificação internacional desses hospitais reafirma o compromisso do Governo do Pará com a sustentabilidade e a modernização da saúde pública. Investir em energia limpa não é apenas uma questão ambiental, mas também uma estratégia eficiente para otimizar recursos e melhorar a assistência oferecida à população. Com a economia gerada, podemos direcionar mais investimentos para aprimorar os serviços hospitalares e ampliar o acesso da população a um atendimento de qualidade”, disse a secretária estadual de Saúde, Ivete Vaz.

HRPC- Desde a migração para uma nova fonte de energia, a unidade registrou 33,83% de economia, atendendo à média de economia prevista em contrato.
Aprovação- Usuária da unidade hospitalar, Soraia Roberta Gonçalves , 46 anos, moradora de Santa Luzia do Pará, nordeste paraense, que aguardava uma consulta com o nefrologista, destacou a importância da certificação “Energia Verde” do hospital . “Fiquei feliz em saber que o hospital está usando energia renovável. Isso mostra um cuidado não só com os pacientes, mas também com o meio ambiente. É bom saber que um lugar que cuida da nossa saúde também se preocupa em fazer isso de forma sustentável”.
HRPM- O Hospital Regional do Marajó também constata a redução de 30% nos gastos com energia, que serão investidos na melhoria contínua da assistência oferecida aos usuários do SUS na área de abrangência do 8º Centro Regional de Saúde (8º CRS).
Aprovação- O autônomo, Nilson da Gama Ataíde, de 30 anos, que acompanha seu pai durante a internação no Regional do Marajó, ressaltou que já conhecia algumas iniciativas sustentáveis do HRPM, durante sua estadia na unidade acompanhando meu pai, e conhecemos melhor o hospital e o sistema de saúde.
No entanto, admitiu que desconhecia o fato do hospital utilizar fontes renováveis de energia. “Qualquer forma de energia que não prejudique o planeta é essencial. É uma ação muito positiva, que pode influenciar outras instituições a buscarem essa alternativa sustentável. Sem dúvida, toda iniciativa que beneficia o meio ambiente e educa as pessoas sobre boas práticas ambientais é muito válida”, finalizou ao parabenizar a gestão do Regional do Marajó..
HGT- Ao adotar as novas fontes de energia, a unidade obteve uma economia de aproximadamente 27% nas contas de energia elétrica.

HMUE- A gestão do Hospital também já confirma a economia no custeio, com redução de 39%. Além de ser menos poluente, a adoção de um sistema com energia solar, eólica e hidrelétrica ratifica a gestão de excelência no atendimento de saúde pública e o compromisso de garantir segurança sustentável.
HJB- A transição da fonte energética reduziu custos e já obteve redução de 39%. Entre as demais vantagens estão a diminuição da emissão de dióxido de carbono, importante para o enfrentamento do aquecimento global; diminuição do impacto ambiental, entre outros benefícios.
CIIR – O Centro também aderiu ao processo de migração de energia e já economizou 39% no custo. O benefício financeiro é associado à melhoria da qualidade de vida, considerando que evitar a queima de combustíveis fósseis não gera gases poluentes ou resíduos prejudiciais à saúde, e auxilia na preservação do meio ambiente.
Reconhecimento – Para o diretor Operacional do INDSH, José Neto, a certificação atesta que a energia contratada é de origem limpa e renovável, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e minimizando os impactos das mudanças climáticas, principais temáticas da COP 30, que será realizada em novembro deste ano em Belém.
“É uma grande honra, uma satisfação imensa receber a notícia de que todas as unidades do Governo, administradas pelo INDSH no Pará receberam o Certificado de Energia Renovável. Essa tecnologia sustentável é um avanço significativo para a gestão pública. Ao adotar energia limpa, estamos não apenas economizando recursos financeiros, mas sobretudo, preservando o meio ambiente e promovendo um futuro mais saudável para as próximas gerações”, destaca o gestor.
O gestor ressalta ainda que a economia gerada com a redução do gasto com energia elétrica retorna em melhorias para os serviços públicos de saúde, beneficiando diretamente os usuários dos serviços dessas unidades hospitalares. Essa é uma ação que une sustentabilidade e eficiência, fortalecendo a saúde pública do Pará”, conclui José Neto.
Fonte: Agência Pará/Por Valéria Nascimento-Secom/ Texto de Vera Rojas