Lula anuncia aumento do microcrédito na região Norte
Banco da Amazônia garante recursos de R$ 1,5 bi a pequenos empreendedores
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, ontem, a ampliação das linhas de crédito do Banco da Amazônia destinadas a micro e pequenos empreendedores da região Norte. O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, assinou protocolos para o credenciamento de novas empresas parceiras habilitadas a operar o Basa Acredita, o programa de Microcrédito Produtivo e Orientado (MPO) da instituição. Atualmente, o programa está presente em todos os estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Em solenidade realizada no Mercado de São Brás, em Belém, Lula afirmou que a ampliação do crédito para microempreendedores é fundamental para o crescimento da economia e o fortalecimento dos pequenos negócios. “É uma das principais formas de incentivar o crescimento econômico sustentável em Belém e em todo o Brasil. O microcrédito orientado oferece a oportunidade para que muitos possam melhorar suas condições de vida e trabalho, gerando mais empregos e renda. Com a ampliação deste programa, estamos garantindo mais possibilidades para quem mais precisa e investindo no futuro de nosso país”, afirmou o presidente.
Criado há 18 anos, o Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) do Banco da Amazônia atende aos pequenos empresários que têm dificuldade na formalização do seu negócio, mas que exercem atividade produtiva e precisam de crédito. Atualmente, apenas uma empresa opera com o MPO. Com a assinatura do protocolo, quatro novos parceiros estarão habilitados.
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, afirmou que as novas parcerias são importantes para a distribuição de renda. “Com os novos parceiros, a gente vai conseguir atingir muito mais pessoas. Nosso objetivo é chegar a 300 mil famílias, com a aplicação de 1,5 bilhão esse ano”, assinalou.
O Basa Acredita é o maior programa de microcrédito da região Norte e está em franca expansão, informou Luiz Lessa. “Os convênios para a distribuição do microcrédito são fundamentais para que o Banco da Amazônia possa levar o crédito para quem precisa e, como o presidente Lula diz, colocar o pobre no orçamento”, afirmou.
Em 2023, em toda a Amazônia Legal, o Banco da Amazônia tinha 36 unidades de microfinanças, as carteiras para solicitação, análise e liberação de crédito. Em 2024, esse número subiu para 75. Para 2025, a meta é atingir 176 unidades. “O microcrédito é muito específico. São pessoas da primeira escala, que têm o seu primeiro sonho. É uma manicure que quer ter um salão, a cabeleireira, a costureira que quer ter sua lojinha ou comprar uma máquina nova”, destacou Lessa.
A operação do MPO vai além da concessão do crédito pelo crédito. Propõe, também, a qualificação dos empreendedores, com orientação e acompanhamento técnico. “No programa Basa Acredita, não é só dar o crédito. Existe uma metodologia por trás, que envolve treinamento, capacitação. solidarismo entre os tomadores do crédito para que a gente tenha realmente sucesso e esse crédito não se transforme no pesadelo de uma dívida”, disse o presidente Luiz Lessa.
Podem se beneficiar do Basa Acredita todos os empreendedores, formais ou informais, que tenham uma renda bruta anual de até R$ 360 mil, tanto na esfera urbana quanto na esfera rural. Por meio do programa, cada negócio tem disponível até o máximo de R$ 21 mil. As empresas parceiras que estão autorizadas a operar com o público do MPO fazem a captação dos clientes.
Também na solenidade com a presença do presidente Lula, no Mercado de São Brás, o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, assinaram um convênio para o desenvolvimento de produtos e serviços financeiros relacionados às cadeias de valor dos produtos da sociobiodiversidade amazônica. A medida, dirigida à formação de uma indústria da biodiversidade entre micro e pequenos produtores da Amazônia, será aplicada por meio do Programa de Fortalecimento Financeiro e Apoio à Inovação da Sociobioeconomia da Amazônia.
Para o presidente do Banco da Amazônia, a iniciativa fortalece setores importantes da economia regional. “A floresta amazônica tem todo o tipo de possibilidades nesse sentido, desde os pequenos que trabalham com coleta. O convênio permitirá ao Banco da Amazônia organizar a cadeia de cooperativas e ampliar as condições de armazenamento de material dos pequenos, de forma a colocar a biodiversidade dentro de um eixo econômico organizado”, afirmou Luiz Lessa.
A ministra Marina Silva destacou que a COP 30 põe o Brasil na linha de frente da mudança de eixo da economia mundial, com atenção voltada para a sustentabilidade. “É a grande oportunidade de mostrarmos ao mundo que nós podemos produzir alimentos com economia de baixo carbono, que nós podemos desenvolver bioeconomia. Por isso, eu acertei aqui com o Basa assistência técnica e financeira, para que o dinheiro do Basa possa ser usado em um novo ciclo de prosperidade da economia brasileira, transformando a biodiversidade em produtos e gerando empregos”, afirmou Marina.
Fonte: Jambo Comunicação