Com muita criatividade, artesã paraense transforma arte em negócio
Utilizando o amigurumi, Silvia Valente confecciona bonecos que fazem sucesso em feiras de economia criativa.
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Utilizando o amigurumi – técnica japonesa para fazer bonecos de tricô ou crochê – a artesã paraense Silvia Valente produz divertidos bonecos e bonecas que fazem sucesso em feiras e eventos de economia criativa no Pará. A veia empreendedora vem desde criança, quando ela aprendeu a fazer crochê com a mãe, em Belém.
“Me considero empreendedora desde cedo porque sempre gostei de vender e ter meu próprio negócio. Já trabalhei com carteira assinada, mas o empreendedorismo sempre esteve comigo. Já vendi camisas, bijuterias, já trabalhei com ramo da alimentação com pizzas e salada de furtas, mas hoje trabalho com crochê e o amigurumi, é o que me deixa muito feliz”, conta ela.
Com muita criatividade e apostando em traços perfeitos, Silvia viu na técnica japonesa a oportunidade de um novo negócio. As criações coloridas e cheias de vida atraem as atenções do público adulto e infantil em feiras e eventos de economia criativa que ela participa em Belém e até fora do Estado.
“Acredito que o acabamento e o atendimento são meus principais segredos para conseguir vender bem e destacar meus produtos. Sempre busco e pesquiso novidades porque sempre temos uma dificuldade de fazer artesanato nessa área aqui, inclusive algumas peças como o focinho e os olhinhos dos bichinhos eu preciso pedir de fora do Estado”, observa ela, que foi uma das expositoras da Feira de Artesanato do Círio (FAC) 2024, realizada em outubro do ano passado, em Belém.
Silvia conta que a virada de chave na carreira empreendedora veio em 2007, quando ela passou a contar com o apoio do Sebrae para o crescimento dos negócios. “Já fiz cursos, capacitações, palestras de precificação, e recebei toda orientação necessária. Então, lá em 2011 abri meu MEI (Microempreendedor Individual), quando já estava cursando a faculdade de Moda, para me certificar pensando em várias oportunidades’, diz ela.
COP 30
De olho nas oportunidades que serão geradas para os pequenos negócios, a partir da realização da COP 30, marcada para novembro deste ano, em Belém, Silvia aposta na produção de brindes corporativos. A ideia é confeccionar bonecos a partir do imaginário Amazônico como o Curupira, o Saci, e o Boto, que possam servir como souvernis para que os visitantes da Conferência do Clima levem com lembrança.
“Já comecei a pensar na confecção desses bonecos feitos a partir do amigurumi e até já criei um Curupira, que deve ser o mascote oficial da COP 30. Acredito que esse evento será importante para que todos os empreendedores de pequenos negócios paraenses possam lucrar com nossa arte e cultura”, completa ela.
Ainda neste sentido, Silvia conta que fechou parceria com uma pequena loja localizada no Centro Comercial de Belém, com objetivo de capacitar outros artesãos para produção de bonecos de amigurumi, também com objetivo de atender possíveis encomendas a partir da COP 30. A primeira turma foi iniciada no começo deste ano e conta com 20 empreendedores.
“Nossa maior esperança é conseguir uma grande encomenda, já que nosso projeto é lançar esse possível mascote, o Curupira. Então, vamos focar nesses brindes corporativos, com objetivo de capacitar esses meninos e meninas para aumentar essa produção. Também não vamos esquecer de produzir a boneca de Nossa Senhora de Nazaré, o nosso maior símbolo religioso e cultural”, completa ela.
Com uma trajetória de mais de 20 anos como empreendedora, Silvia deixa um recado para futuros empreendedores ou para os que já empreendem e encontram dificuldades no estabelecimento de negócios. “Empreender é difícil, mas não podemos desistir, temos que sempre nos capacitar, buscar novidades, porque é a forma que a gente gosta, que a gente encontrou de mostrar nosso trabalho, de sermos valorizados”, finaliza ela.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias Pará