COP30: Lula avalia criar cargo especial para combater o negacionismo climático
Principal cotado é Frederico Assis, assessor de Celso Amorim. Novo cargo estará subordinado ao presidente da conferência do clima, André Corrêa do Lago
![](/wp-content/uploads/2025/02/asssis.jpg)
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia criar o cargo de enviado especial contra o negacionismo climático na organização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), informaram fontes à GloboNews e à TV Globo.
Se confirmada a criação, um nome cotado para o posto é o de Frederico Assis, assessor que atua na área internacional do Palácio do Planalto e que trabalha diretamente com Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e assessor especial do presidente Lula.
A informação sobre a criação do cargo foi antecipada pelo jornal “Folha de S.Paulo” e confirmada pela reportagem.
A expectativa é que, à frente da função, Frederico Assis atue na relação direta com grupos de comunicação e com as chamadas “big techs”, além de movimentos sociais e agentes políticos.
Ele também deverá articular a Iniciativa Global pela Integridade da Informação sobre Clima, anunciada pelo Brasil em 2024 durante a presidência do G20.
O Brasil vai sediar a COP30 em novembro deste ano, em Belém (PA). Recentemente, foram anunciados como presidente do evento o diplomata de carreira André Corrêa do Lago, considerado pelas entidades do setor uma das principais referências em negociações climáticas, e como diretora-executiva a economista Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente.
A discussão no governo sobre criar o cargo de enviado especial contra o negacionismo climático vem num contexto em que o recém-empossado governo de Donald Trump nos Estados Unidos tem feito movimentos contra medidas que possam levar ao combate à crise climática.
Entre outras medidas, Trump:
- retirou os Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, que prevê medidas a serem adotadas em nível internacional para controlar o aquecimento global;
- prometeu ampliar a exploração de petróleo e gás, além de outros combustíveis fósseis;
- disse que vai fortalecer a indústria de automóveis para pôr fim ao que chamou de “mandato dos veículos elétricos”
Fonte: g1/Por Filipe Matoso, Ricardo Abreu GloboNews e TV Globo — Brasília