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Presidente do Simineral, Anderson Baranov, fala sobre transição energética e o futuro da mineração em 2025
Segundo o executivo, o Brasil tem todas as condições de liderar o processo de transição energética
As mudanças nas cadeias globais dentro do cenário do processo de descarbonização da economia dominaram as discussões do setor mineral em 2024. Em 2025 não será diferente, a transição energética continuará como o grande impulsor da demanda por minerais. O presidente do Simineral e CEO da Nosky Hydro, Anderson Baranov fala sobre esse processo de transição energetica além dos caminhos da mineração ao longo de 2025.
Segundo o presidente, “para este ano, são esperados o lançamento de uma política mineral específica para os minerais para a transição energética, a exemplo das terras raras, lítio, grafite e a publicação da Portaria MME com a regulamentação do Decreto 11.964/2024”, iniciou.
Baranov destacou ainda que a mineração responsável pode ser uma força motriz para o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico da Amazônia e, por isso, ser referência em inovação e sustentabilidade é um grande objetivo dentro do setor mineral. Para o executivo, “os investimentos em descarbonização trazem qualificações para atender ao mercado, que exige um produto cada vez mais limpo. Mas a nossa preocupação não é só ambiental, é também social. As iniciativas precisam mostrar para a sociedade, especialmente em ano de COP30, o compromisso da indústria’ com o meio ambiente”.
Quando o assunto é transição energética, Baranov foi enfático. “O Brasil tem todas as condições de liderar o processo de transição energética, por dispor de várias formas de energia limpa em sua matriz. Já somos um dos países mais sustentáveis na produção de energia e nossa média de uso de energia limpa, sobretudo a hidrelétrica, solar e eólica, supera em larga escala o consumo mundial, que ainda é muito focado no uso de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão”, explicou.
Entre as ações práticas para uma mineração mais sustentável, Baranov falou sobre tecnologias como o Taillings Dry Backfill, na Mineração Paragominas, e o investimento para a mudança de matriz energética da Alunorte. Esta, ele destaca, será a principal entrega de descarbonização de uma empresa privada na COP 30, em Belém.
Por: Thais Dias/Jornalista