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Pedagoga da Unama explica sobre impactos de aparelhos eletrônicos na educação de crianças
Supervisão familiar é essencial para evitar que o uso de dispositivos comprometa o desenvolvimento de habilidades sociais, educacionais e emocionais
O uso excessivo de celulares durante a infância pode prejudicar o desempenho cognitivo e escolar das crianças, reduzindo o interesse pelos estudos, pelas brincadeiras tradicionais e expondo-as a conteúdos inadequados para sua idade. Por isso, o acompanhamento dos familiares é indispensável para garantir que a utilização de dispositivos eletrônicos não afete o desenvolvimento integral, incluindo competências sociais, emocionais e educacionais.
Duante a fase infantil é indispensável estimular a aprendizagem, pois é nesse período que habilidades como criatividade, memória, comunicação e imaginação se desenvolvem de maneira significativa.
Entretanto, o contato precoce com smartphones e outros dispositivos tecnológicos pode ser motivo de preocupação, especialmente quando ocorre sem a supervisão ou a imposição de limites claros pelos responsáveis. A exposição prolongada às telas pode impactar negativamente o interesse pelas atividades escolares e recreativas em grupo, comprometendo o crescimento integral da criança.
De acordo com a professora dos cursos de Letras e Pedagogia da UNAMA – Universidade da Amazônia, Elaine Oliveira, crianças podem apresentar comportamentos agressivos ao terem seu acesso aos aparelhos restringido. “Os sinais do vício em celular desencadeiam sentimentos prejudiciais à infância, como agressividade, introspecção e autocentramento. O ideal é evitar que as crianças tenham contato com celulares antes dos 7 anos. Porém, se o uso já faz parte da rotina, é necessário que os responsáveis supervisionem e controlem o tempo de exposição”, explica a professora.
Saúde mental na infância
Para a psicologia, comportamentos compulsivos têm potencial de gerar consequências à saúde mental. Segundo o professor do curso de Psicologia na UNAMA, Miguel de Assis, muitos impactos causados pelo uso excessivo de celulares só são percebidos tardiamente. “O uso constante do aparelho afeta a atenção. A criança pode começar a apresentar dificuldades em tarefas escolares ou em atividades que exigem concentração. Além disso, sua interação presencial com outras pessoas pode ser limitada, o que é essencial para o desenvolvimento social,” pontua.
Ele também alerta para o impacto no estilo de vida, como o aumento do sedentarismo, já que o tempo em frente às telas frequentemente substitui práticas de atividades físicas. “Momentos prolongados com dispositivos podem reduzir o engajamento em exercícios fundamentais. É importante que os pais estabeleçam limites, promovam períodos sem tecnologia e incentivem os pequenos a explorar a leitura e outras formas de aprendizagem”, conclui Miguel de Assis.
Fonte: Ascom/Unama/ Por Quézia Dias