Helder mostra árvore de mais de 88 m de altura, no Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia
Governador foi à Unidade de Conservação e conheceu o maior símbolo da grandiosidade da região, um angelim-vermelho com mais de 88 metros de altura
O Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes da Amazônia, no município de Almeirim, oeste paraense, a mais recente Unidade de Conservação do Estado do Pará, guarda uma relíquia da natureza amazônica: a maior árvore da América Latina e quarta maior do planeta, um angelim-vermelho (Dinizia excelsa), com 88,5 metros de altura. O governador Helder Barbalho, que anunciou a criação do Parque na COP 29 (conferência mundial sobre o clima), em Baku (capital do Azerbaijão), conheceu a gigante da floresta no último sábado (30), em visita à área ambiental, como parte da agenda administrativa na região.
O Parque está localizado no distrito de Monte Dourado, próximo às margens do Rio Jari, divisa do Pará com o Amapá. Sua criação é considerada um marco na conservação da biodiversidade amazônica.
“A Unidade de Conservação preserva a floresta e as populações que aqui vivem. Esta Unidade de Conservação é a mais recente crida pelo Governo do Pará. São mais de 500 mil hectares. E ela tem uma singularidade, que são as árvores gigantes. São as maiores árvores do Brasil, e estão localizadas no nosso Estado, no município de Almeirim. A Unidade de Conservação das Árvores Gigantes é um patrimônio da natureza, patrimônio único, que pertence ao povo do Pará, à Amazônia, ao Brasil. Eu fiz questão de poder estar aqui. Nós criamos esta unidade agora, em setembro, e poder estar aqui hoje, pra poder viver esse momento, é algo que levarei na minha memória pelo resto da vida, com a certeza de que a gente precisa preservar a floresta, criar soluções baseadas na natureza, para preservar a floresta, cuidar dos povos tradicionais e cuidar da população com desenvolvimento sustentável”, afirmou Helder Barbalho.
Japaeta Waiãpi, filho do cacique Piriri Waiãpi, indígena dos Povo Waiãpi, acredita que a criação do Parque é um importante avanço para a preservação da floresta. Às margens do Rio Jari, Japaeta e sua família, com 18 integrantes, habitam a Aldeia do Mukuru.
“A gente mora aqui com a família e precisa desta preservação. Não queremos invasores em nossa terra. Sem natureza, a gente não vai viver. Hoje, aqui temos tudo que precisamos. Essa natureza ninguém usou. Só isso que queremos. Na floresta e no rio temos tudo que precisamos. Só queremos que preservem”, disse o indígena.
Localizado em uma das áreas de maior biodiversidade do planeta, o Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia é um santuário ambiental, que visa proteger as árvores que ultrapassam 80 metros de altura, um símbolo da grandiosidade amazônica, além de abrigar espécies únicas da flora e fauna da região.