Gestores culturais preparam agenda para ampliar conexões
Reunidos em Belém, com patrocínio master da Shell, artistas e produtores da América Latina, Caribe, África e Ásia buscam fortalecimento para enfrentar desafios
O 1º Encontro de Gestores Culturais Sul-Sul, promovido pela Bienal das Amazônias, em Belém, ao reunir produtores de cultura de várias partes do mundo, abre caminho para a construção de uma ampla rede de conexões em diferentes territórios. Essa é a opinião da historiadora dominicana Sara Hermann, uma das participantes do evento realizado no Centro Cultural da Bienal das Amazônias (CCBA), de 19 a 23 de novembro. O CCBA tem patrocínio de NU Bank, Shell e Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Sara Hermann dirige, há dez anos, o projeto Curando Caribe, no Centro León, em Santiago de los Caballeros, na República Dominicana. O Centro León é um museu e centro cultural concebido para a criatividade, a pesquisa e o encontro de dominicanos e estrangeiros.
Para Sara, curadora e especialista em artes visuais, com estudos sobre artes dominicana, caribenha e latino-americana, o encontro de gestores culturais é um evento importante para ativar redes de contato entre os produtores de cultura de diferentes partes do mundo. “É um espaço para encontrar e falar com parceiros do Uzbequistão, Colômbia, Panamá, Uganda, Senegal, para construir diálogos e abrir caminhos”, disse.
Segundo a pesquisadora, a experiência na Amazônia vai influenciar as atividades no Centro León na medida em que vozes diferentes podem ser ouvidas. “O Brasil, em si, é um continente. Estar aqui é um privilégio. É uma oportunidade única de fazer amizades e criar uma rede de trabalho para seguirmos em frente”, destacou. Criado em 1964, o Centro León promove o desenvolvimento das artes visuais e estimula a formação de novos artistas.
O diretor criativo e artista multidisciplinar Nástio Mosquito, do Kizomba Design Museum, destacou que o 1º Encontro de Gestores Culturais Sul-Sul da Bienal das Amazônia ofereceu a oportunidade para que soluções diversas sejam discutidas para os desafios culturais comuns das sociedades humanas. “O encontro é uma abertura para entendermos como outras pessoas compreendem o mundo. Um mundo em que muitas vezes nós achamos que estamos isolados. Aqui tivemos a oportunidade de saber que há muita gente com os mesmos desafios e com soluções diferentes e atitudes diferentes”, disse. “Eu estou mais informado, mais capacitado, mais entusiasmado com os meus sonhos e em como concretizá-los”, completou Nástio.
Plataforma dedicada à preservação da história da cultura kizomba, o Kizomba Design Museum, criado em Angola pelos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop) e sua diáspora, trabalha com música, gastronomia e performances, como um museu vivo que explora o relacionamento intercultural. Em kimbundu, uma língua bantu do norte de Angola, kizomba significa festa ou celebração.
Nástio exaltou a maneira como o povo paraense se relaciona com a sua realidade amazônica. “Sinto um grande orgulho das pessoas daqui. As pessoas têm uma relação muito profunda com o lugar que habitam. As pessoas de Belém, pessoas que lidam com o rio, com a água, com a fauna, são pessoas que trabalham com aquilo que a terra dá, com o ar que se respira”, afirmou.
Segundo o artista angolano, não é sempre que se encontra um lugar que está muito consciente do seu contexto, e como esse contexto é rico e o que ele oferece ao mundo. “A impressão que eu tenho é que toda pessoa que eu encontro em Belém sabe do lugar dela na Amazônia e no mundo”, disse Nástio.
O projeto tem patrocínio master da Shell por meio da Lei de Incentivo à Cultura. “Para a Shell, apoiar uma iniciativa como essa significa reforçar nosso compromisso com a sociedade sobre a diversidade de culturas, o desenvolvimento humano e a geração de valores através da arte, em um contexto de projeto multidisciplinar e internacional onde a riqueza Amazônica, em todos os seus sentidos, é o foco principal” – comenta comenta Alexandra Siqueira, gerente de Comunicação Externa e Marca da Shell Brasil.
A programação do 1º Encontro de Gestores Culturais Sul-Sul contou com apresentação de trabalhos e projetos artísticos em várias linguagens. Neste sábado (23), o evento se encerra com a elaboração de uma agenda comum que fortaleça o diálogo entre instituições culturais das nações da América Latina, Caribe, Ásia e África.
Patrocinadores
Nu
O Nu é a maior plataforma de banco digital do mundo fora da Ásia, atendendo a mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. A empresa tem liderado uma transformação na indústria, usando dados e tecnologia proprietária para desenvolver produtos e serviços inovadores. Guiado por sua missão de combater a complexidade e empoderar as pessoas, o Nu atende à jornada financeira completa dos clientes, promovendo acesso e avanço financeiro com crédito responsável e transparência. A empresa se apoia em um modelo de negócios eficiente e escalável que combina baixo custo de atendimento com retornos crescentes. O impacto do Nu tem sido reconhecido em diversos prêmios, incluindo as 100 Empresas mais Influentes da Time, as Empresas Mais Inovadoras da Fast Company e os Melhores Bancos do Mundo da Forbes.
Shell Brasil
Há 111 anos no país, a Shell é uma companhia de energia integrada com participação em Upstream, Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Por isso, patrocina e fomenta projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa. Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org.