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Com a proximidade da COP 30 no Pará, setor mineral enxerga o momento como oportunidade para reforçar compromisso com a sustentabilidade
Presidente do Simineral, Anderson Baranov, faz projeções para a COP 30 na Amazônia
O Brasil está cada vez mais perto de receber a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém do Pará, no coração da Amazônia. Há quase um ano para o início da Cúpula Climática, o Governo Federal tem intensificado os preparativos para receber mais de 60 mil pessoas, entre chefes de Estado, diplomatas, empresários, investidores, ativistas e delegações dos 193 países membros.
Com ações e grandes investimentos no Pará, o setor mineral também se prepara para ressaltar a importância do evento em solo paraense. O evento coloca o Brasil como catalisador das discussões sobre questões ambientais globais e específicas da região, como a redução de gases de efeito estufa, a adaptação às mudanças climáticas, o financiamento para países em desenvolvimento, a preservação de florestas e da biodiversidade, o uso de energia renovável e soluções de baixo carbono e os impactos sociais das mudanças do clima. E é justamente nesse cenário, que entra a importância e o reforço do setor mineral como um parceiro para o desenvolvimento sustentável e uma mineração cada vez mais responsável.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), Anderson Baranov, o momento é fundamental para que as associadas do Simineral se alinhem e ressaltem as estratégias de participação do setor mineral na COP 30. “A realização da COP 30 no Brasil, especialmente no Pará, um dos estados mais importantes da mineração brasileira, é uma oportunidade importante para a indústria mineral mostrar sua força no combate à crise climática, principalmente com a produção de minerais críticos estratégicos, essenciais para a transição energética”, afirmou.
Ainda segundo Baranov, o Pará terá um antes e depois da COP30. “Se todo mundo entender que a Amazônia precisa realmente de investimentos, de suporte, porque realmente é o pulmão do mundo, isso tem um valor muito grande para a sociedade mundial, e aí o Pará terá um antes e depois desse evento”, ressaltou.
Setor Mineral
Para Anderson Baranov, que também é CEO da Nosky Hydro, os investimentos em mineração responsável já começaram. Recentemente, a Hydro anunciou um investimento de R$ 1,6 bilhão para reduzir em um terço as suas emissões de carbono. “O gás chegou no início desse ano e foi disponibilizado para a Hydro no Norte, que é a maior refinaria do mundo. Esse processo de transição energética já se iniciou”, celebrou o executivo.
A expectativa é que até o final do ano “a Hydro complete 100% desse processo de transição, porque a gente vai ter completa as nossas caldeiras elétricas também, que farão com que a operação seja 100% na transição energética do gás”, explicou. Segundo ele, o investimento das caldeiras foi de 360 milhões.
Fonte: Agência Eko por Thainá Dias