Projeto de requalificação da Bacia do Paracuri tem financiamento de R$ 310 milhões aprovado pelo Governo Federal

O Governo Federal, por meio da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), da Secretaria de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento (Seaid), acaba de aprovar o financiamento de 310 milhões de reais, para o Programa de Restauração da Biodiversidade e Requalificação Urbanística da Região da Travessa da Soledade na Rota Cerâmica da Bacia Hidrográfica do Paracuri, da Prefeitura de Belém.

O objetivo é sanear, urbanizar e requalificar a Travessa da Soledade, no Distrito de Icoaraci. O projeto, apresentado pela Prefeitura de Belém, via carta-consulta, foi elaborado junto com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e protocolado no dia 5 de agosto de 2024.

Aprovação – O financiamento foi aprovado dentro dos planos do Governo Federal, para que os municípios brasileiros possam enfrentar os desafios ambientais e climáticos. No projeto da Prefeitura de Belém constam, ainda, melhorias urbanísticas e de infraestrutura, para promover a adaptação socioambiental urbana na região da Bacia Hidrográfica do Paracuri, integrando a ocupação social e a biodiversidade local, sob o viés da resiliência climática, além de potencializar a atratividade do polo de cerâmica marajoara e tapajônica de Belém.

Rota turística – Segundo o assessor especial da Coordenadoria de Projetos Especiais da Prefeitura de Belém, Rogério Silva, uma das ideias principais é melhorar a principal via, que concentra o maior número de olarias e lojas responsáveis pela produção e venda dos objetos de cerâmicas, que são patrimônio cultural de Belém, fomentando, assim, uma Rota Turística da Cerâmica.

“A intervenção na Travessa da Soledade se dará em 2,2 quilômetros, com a expectativa de melhorar a vida de 500 famílias. Dentro do projeto também tem o componente do parque linear, que é um braço que sai do Rio Paracuri e corta a Travessa da Soledade. Esse braço do rio já foi degradado e, agora, precisa ser restaurado, porque as pessoas, que moram ali, ocupam áreas insalubres”, explica o assessor.

De acordo com a Prefeitura de Belém, após essa aprovação já será possível realizar estudos socioambientais preliminares de impacto na população da área, para a execução do projeto. Além dessa aprovação, o projeto vai passar ainda por votação no Senado Federal.