Cultura

Mulheres indígenas expõem artesanato para comercialização na FAC 2024

Público pode encontrar diversas peças, como brincos, colares, pulseiras e cerâmicas indígenas de várias etnias paraenses,

A 12ª edição da Feira de Artesanato do Círio (FAC), no Parque Porto Futuro, em Belém, apresenta aos visitantes o espaço Mundo Amazônia, que traz arte e tradição de artesãs indígenas paraenses. No espaço, o público pode encontrar itens como brincos, pulseiras, cordões, colares, cestarias e cerâmica dos povos tradicionais. Mais de 10 mil pessoas já visitaram a Feira, que segue até a próxima quarta-feira (16).

“São empreendedores, de sete etnias, como Assurini, Parakanã, Xikrin e Kayapó, de três municípios. Estamos posicionando o que há de ancestral para o Brasil e o mundo por meio da nossa feira, que valoriza a cultura e incentiva a veia empreendedora dessas artesãs”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno.

O objetivo do Sebrae/PA é criar um ambiente de negócios favorável às indígenas, que foram selecionadas na curadoria da FAC, para abertura de mercado, geração de negócios e divulgação de trabalhos. Todas as participantes já iniciaram um trabalho de gestão com o Sebrae/PA, com apoio da Secretaria dos Povos Indígenas do Pará (SEPI) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

A indígena Magna Silva Peterle, da etnia Juruna, trouxe para FAC o trabalho de mais de 300 mulheres da etnia Kayapó, do município de São Félix do Xingu, sudeste paraense . São pulseiras, brincos, colares, cintos, saias, peças em miçanga, penas, sementes, cestos, bordunas, remos, cocares, bolsas feitas de palha, linhas de crochê e tecido, além de flechas e chocalhos. Todo o trabalho é produzido pelas mulheres de 15 comunidades indígenas que ela representa.

“É a minha primeira vez na FAC, então me sinto muito feliz e realizada por representar o trabalho dessas mulheres indígenas da minha região. As peças produzidas pelos Kayapó tem como inspiração o casco do jabuti, que é um animal forte. Então, todas as peças representam isso, a força do povo indígena”, conta ela.

Entusiasmada com a FAC, a artesã indígena Pixire Kayapo veio de umas das comunidades indígenas em São Félix do Xingu. “Fico feliz em ver minhas peças sendo mostradas para o povo de Belém, nossa arte produzida na aldeia pelas nossas mulheres. Nós estamos contentes com tudo isso”, ressaltou ela.

A etnia Ticuna também está presente com sua arte, por meio da marca de Lila Ticuna. Natural do estado do Amazonas, hoje ela mora em Belém, onde estuda Educação Física, na Universidade Federal do Pará (UFPA). A artesã conta que herdou o ofício dos pais, que ainda moram em uma comunidade indígena amazonense.

“Sou artesã há mais de 40 anos, comecei bem pequena na comunidade indígena onde morava, no Amazonas. Alguns produtos foram criadas a partir de peças que recebo dos meus pais para expor, mas também produzo minha arte coletando matéria-prima em alguns locais de Belém, como Mercado do Ver-o-Peso e feiras livres”, conta ela, que trouxe para a FAC brincos, colares, pulseiras, adereços para cabelo, peças em miçangas e sementes.

O espaço Mundo Amazônia pode ser visitado gratuitamente até o dia 16 de outubro dentro da FAC, das 10h às 22h, no estacionamento do Parque Urbano Porto Futuro. No dia do Círio de Nazaré, a feira pode ser visitada de 15h às 22h.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias Pará

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing ,Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará.

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