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Alepa debate doação de órgãos no Pará

No encerramento do “Setembro Verde”, mês de conscientização e incentivo à doação de órgãos, a deputada estadual Lívia Duarte realizou, na sala multiuso da Assembleia Legislativa do Pará, o seminário “Políticas públicas e ações de fomento à doação de órgãos e tecidos”. O objetivo é estimular e orientar a realização de uma campanha permanente de mobilização, disseminação e sensibilização da sociedade para estimular o ato voluntário de se declarar doador de órgãos, medula óssea, sangue, dentre outros.

O debate também vai abordar a necessidade de políticas públicas em defesa do direito à saúde, com ações que serão intensificadas anualmente no mês de setembro, com o incentivo à doação de órgãos, sangue e congêneres.

O seminário vai reunir especialistas, gestores, profissionais da saúde e representantes da sociedade civil, que irão discutir estratégias para o aprimoramento das ações e políticas no campo da saúde mental e avanços significativos na conscientização e desenvolvimento da doação de órgãos e tecidos no estado do Pará.

“Eu sei o que é estar do lado das famílias que esperam na fila do transplante por um órgão para um familiar querido. Meu pai faleceu esperando por uma doação de pulmão, estava em primeiro lugar na fila de transplantes no Pará, mas não conseguiu”, relatou emocionada, a deputada. “Decidi transformar o luto em luta pelas outras pessoas que necessitam de órgãos doados para continuarem a viver. E o que mais me impactou foi a falta de informações sobre o processo da doação”, avaliou Lívia Duarte.

A parlamentar é autora de projetos nessa área: o Projeto Indicativo 123/2023 cria o Pacto Estadual Social para promover e apoiar a doação por meio de fóruns regionais, e o Projeto de Lei 512/2023 obriga as concessionárias de transportes públicos rodoviário e hidroviário de passageiros do estado a promover campanha permanente de estímulo à doação de sangue, medula óssea e órgãos.

Segundo estimativas do Ministério da Saúde, cerca de 43% das famílias recusam a doação depois que a pessoa falece, mesmo quando esta manifesta em vida a vontade de ser doador.

Juciara Farias, gerente de capacitação de doadores do Hemopa, lembra que o trabalho da instituição “só existe com a participação da população, com uma rede de voluntários que doam sangue, se registram para a doação de medula óssea ou querem doar seus órgãos após a morte”, lembra.

“Nosso trabalho é multiplicar conhecimento e esclarecer às pessoas sobre doação e transplante”, avalia Francisca Monteiro, da Rede Amazônica de Educação em Doações e Transplantes. “Quando uma família diz ‘sim’ para a doação, outra pessoa é beneficiada e tem a chance de viver”, avalia.

No seminário, foram definidos compromissos importantes: a Defensoria Pública do Estado do Pará e o Ministério Público do Estado do Pará se comprometeram em emitir recomendação para que os hospitais particulares estimulem a doação de órgãos e tecidos.

Outro compromisso da Defensoria foi a notificação da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) sobre a previsão de realização de Transplantes de pulmão no estado. “Foi muito importante chegar até aqui, neste fim de Setembro Verde, e defender essa pauta numa reunião com especialistas, representantes de órgãos públicos e da sociedade civil”, concluiu a deputada Lívia Duarte.

Estimativas
O Brasil é o segundo país com maior número de transplantes, atrás apenas dos Estados Unidos. De janeiro a setembro de 2023, foram realizados 6.766 transplantes no Brasil, sendo 440 no Pará.

Fonte: Ascom Alepa/Ana Paula Sampaio

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing ,Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará.

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