Artesãos paraenses conquistam público no 18° Salão de Artesanato, em São Paulo
Josias Plácido e Lídia Abrahim esgotaram suas peças e trocaram experiências com o público de todo o Brasil
Os brinquedos de miriti e as biojoias amazônicas conquistaram a atenção do público que visitou o 18° Salão de Artesanato, considerado uma das maiores iniciativas do segemento no Brasil, realizado entre os dias 28 de agosto e 01 de setembro, no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Os artesãos paraenses Josias Plácido (Miriti Amazônia) e Lídia Abrahim (Seiva Amazon Design), que conquistaram a participação no evento por estarem entre os vencedores da última edição do Prêmio Sebrae Top 100 do Artesanato Brasileiro. e ganharam a oportunidade de participar do evento nacional.
Proprietário de uma loja de arte em São Paulo, o empresário Lucas Lassen esteve nos estandes das marcas paraenses Seiva Amazon Design, da artesã paraense Lídia Abrahim, e Miriti Amazônia, do artesão Josias Plácido, mais conhecido como mestre Pirias.
“Fiquei encantado com as biojoias do Pará, feitas a partir de borracha, e os brinquedos dessa fibra, que são muito bonitos e coloridos. Outra coisa importante também do Salão é a oportunidade que o lojista de São Paulo tem para comprar peças porque pelo tamanho do Brasil, o frete muitas vezes acaba encarecendo muito o produto”, disse ele, ao elogias as peças, entre elas brincos, pulseiras e colares.
Quem também esteve no evento e se surpreendeu com a qualidade das peças paraenses foi o arte-educador paulista, Celso Jabur. Ele conta que trabalha com materiais de artes sustentáveis para escolas de educação infantil da capital paulista, e ficou surpreso com a criatividade do artesão Josias Plácido, o mestre Pirias.
“Frequento várias feiras, mas há muitos anos que não vi uma feira desse porte. Fiquei encantadíssimo quando passei no estande do mestre Pirias, que trabalha com o miriti, um trabalho primoroso, maravilhoso, habilidoso. Fiquei muito tempo no estande e trocamos muitas ideias, sai de lá com um diploma na mão, de tanto que ele me ensinou”, contou o professor.
“Além de uma quantidade significativa de produtos, os artesãos também trouxeram materiais para produção no evento, apresentando ao público o fazer das peças, que têm uma carga cultural muito forte”, destaca a analista do Sebrae/PA, Alessandra Lobo.
Segundo Alessandra, o resultado da participação é muito positivo. “Eles faturaram R$ 37 mil no evento, mas também fizeram bom contatos para negócios futuros. Abertura de mercado, para futuras comercializações é muito forte nesse tipo de iniciativa, por isso é tão importante a participação”, ressalta Alessandra.
“Com essa visibilidade, espero não só ampliar a rede de contatos e clientes, mas também valorizar ainda mais a nossa cultura e as tradições artesanais da nossa região, especialmente de Abaetetuba”, ressaltou o artesão Josias Plácido, o mestre Pirias.
Na oportunidade, os artesãos também divulgaram um pouco da cultura paraense, que estará muito em foco durante a COP 30, que será realizada em Belém, em 2025. Participar do Salão é já apresentar um pouco do que as pessoas que estarão na COP vão conhecer e gerar interesse antecipado.
“Para o crescimento do nosso negócio, participar da feira nos dá uma visibilidade maior tanto para o fechamento de negócios quanto para trocas de experiências. O Sebrae está sempre nos impulsionando, impulsionando negócios como o nosso que tem um foco em sustentabilidade, foco em cultura amazônica, foco nas pessoas da nossa região”, finaliza Lídia Abrahim.
Salão
O 18º Salão do Artesanato reuniu artesãos e mestres-artesãos de todo o Brasil, entre ceramistas, rendeiras, bordadeiras, escultores e artistas plásticos (500 presenciais, mas com trabalhos que representaram mais de 1.500). O principal objetivo do evento foi divulgar a produção artesanal nacional e estimular a geração de emprego e renda no setor.
O público que visitou o salão acompanhou manifestações artísticas variadas, de diversas regiões do país, como peças em cerâmica, barro, argila, madeira, fios, capim, palha, metais, tecidos e outros materiais que se transformam em rendas, bordados, esculturas, utilitários, objetos de decoração, acessórios, confecções, móveis, além de gastronomia típica e apresentações musicais com ritmos de todas as regiões do País.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias Pará