Social
Barros Barreto oferta palestra gratuita sobre câncer de cabeça e pescoço
Evento ocorrerá no dia 1º de agosto, às 14h, no Centro de Estudos do Hospital Universitário
Para alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, foi criada a campanha Julho Verde, alusiva ao Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, celebrado no dia 27 deste mês. Como parte das ações de mobilização, o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA) realizará a palestra “Câncer de Cabeça e Pescoço – conhecer para melhor lidar”. Aberta ao público e sem necessidade de inscrição prévia, a programação ocorrerá no dia 1º de agosto, às 14h, na sala 02 do Centro de Estudos do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB).
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 39.550 novos casos de câncer de cabeça e pescoço para cada ano de 2023 a 2025, excluindo os de pele. A região da cabeça e do pescoço engloba um número diverso de órgãos, como olho, língua, lábios e nariz. Por isso, as localidades de apresentação dessa neoplasia são bastante variadas. Os homens acima dos 50 anos são os mais acometidos pela doença.
Segundo o médico José Gabriel Paixão, palestrante do evento, a iniciativa irá proporcionar a imersão de profissionais da saúde e da comunidade em geral nos tipos de câncer de cabeça e pescoço, abordando prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. “A incidência crescente desse tipo de câncer destaca a urgência de aumentar a conscientização sobre os primeiros sinais do problema. A diversidade de órgãos que podem ser afetados torna essencial educar tanto os profissionais de saúde quanto a comunidade em geral sobre a doença”, destacou o cirurgião de cabeça e pescoço.
Sinais de alerta
Fatores de risco para a doença incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, má higiene dentária, exposição ao vírus HPV (para cânceres de orofaringe) e dieta pobre em frutas e vegetais. Histórico familiar de câncer de tireoide também aumenta o risco.
Alguns sinais de alerta são feridas na pele, lábios ou boca que não cicatrizam, nódulos dolorosos e inchados no pescoço ou rosto, alterações na voz ou rouquidão persistente, falta de ar, dificuldade ou dor para engolir, perda de peso rápida associada ou não a cansaço e febre e sangramento pelo nariz ou boca.
Diagnóstico
O primeiro passo é procurar um clínico geral ou dentista para avaliar o caso. Na presença de lesões suspeitas, será feito o encaminhamento ao especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, já que o rastreio da doença está associado aos sinais e sintomas e também à presença dos fatores de risco.
O diagnóstico é, geralmente, realizado por meio de uma combinação de exames físicos, exames de imagem (como tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e biópsia (remoção de um pequeno pedaço de tecido para análise).
Tratamento
O tratamento depende do tipo e estágio do câncer. Ele pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas abordagens. A escolha do tratamento é feita de forma individualizada, levando em consideração diversos fatores, como a extensão do câncer, estado de saúde geral do paciente e suas preferências.
A data
A campanha Julho Verde foi criada pela Lei nº 8.086/2017, que instituiu o 27 de julho como o Dia de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Além disso, por meio da Lei nº 9726/2022, o Pará implementou o Dia Estadual de Combate e Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço, também celebrado em 27 de julho. O objetivo das iniciativas é dar visibilidade ao tema e conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce.
Sobre a Ebserh
O CHU-UFPA faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Luna Normand e George Miranda, com revisão de Danielle Campos.