Atualização Cadastral dos povos tradicionais de matriz africana chega ao bairro do Marco

A atualização do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) dos povos tradicionais de matriz africana em Belém chegou ao Instituto Mansu Nangetu, localizado no bairro do Marco. Este é o quarto espaço visitado para o atendimento especializado realizado pela Prefeitura de  Belém, por meio da Coordenadoria Antirracista, que iniciou a ação pelo distrito de Outeiro e deve seguir para outros espaços até o fim deste ano. Na manhã desta quarta-feira, 22, o serviço foi oferecidos aos povos tradicionais dos bairros do Marco e Pedreira.

O umbandista Reinaldo Marques diz que esse tipo de atendimento é importante, sobretudo, por economizar tempo. “Quem trabalha por conta própria não pode perder tempo. Quando precisamos ir a um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) significa para nós perder uma manhã ou até um dia inteiro de trabalho”, explica.

Para a mãe de santo, Mam’eto Nangetu, esse tipo de ação mostra à população que os terreiros são espaços de cidadania e não apenas locais de culto. “Essas ações chamam a comunidade do espaço e também a vizinhança, além de revelar que os terreiros também fazem políticas públicas. Isso ajuda a desconstruir a ideia de que os espaços religiosos servem apenas para cultos, porque são também fonte de cultura, de cultura alimentar e tradição”, ressalta.

As políticas públicas direcionados aos povos tradicionais de matriz africana são várias, entre elas, o programa Bolsa Família e o Cooperação Acadêmica em Defesa Nacional (Procad), como assim informa a assistente social da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), responsável pela equipe de cadastramento, Sônia Caldas.

“Muitos desses atendimentos que estamos fazendo aqui já têm cadastro único, só que muitos não estão identificados como pertencentes aos povos tradicionais, então é preciso realizar essa atualização cadastral. É importante que essa população seja identificada, para que os programas sociais possam chegar para eles”, informa Sônia.

Quem agradece o atendimento é a população, como o entregador Paulo Vitor Nunes, de 29 anos. “É muito boa essa aproximação da Prefeitura com o terreiro, porque facilita o atendimento e permite que nós, moradores, possamos acessar os serviços de forma mais prática. 

Fonte: Agência Belém