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Latina Comunicadores: Elízio Eluan fala sobre a agência. Juan Diego Correa assume o marketing de nova empresa em Manaus

Entrevista de Elízio fala sobre parcerias e sucesso da agência

O empresário e publicitário Juan Diego Correa, agora fixa residência em Manaus, onde já a morou no inicio de sua carreira.
 
Diego assume a direção de marketing de nova empresa, como diretor de Marketing, em Manaus. Elízio Eluan, vai fazer a gestão da Latina em Belém, após o afastamento de Diego.
 
Sócios durante mais de uma década, os dois fizeram da Latina uma grande agência. Elízio Jorge Eluan Júnior, concedeu entrevista a este portal. Leia na íntegra.
 
1. O que é a Latina ?
R-A Latina é uma agência que atua há 10 anos em diversificadas dimensões da comunicação. Desde a publicidade tradicional, passando pelas plataformas digitais, até o living marketing. Atuamos com equipe própria, mas aprendemos a ampliar nossa rede de parceiros de forma a proporcionar soluções eficientes através de profissionais especialistas em cada área. Entendemos a comunicação como peça estratégica para qualquer marca, e não um mero acessório, uma perfumaria. Ela determina a imagem de uma empresa ou pessoa, é fundamental para alavancar resultados e objetivos, mas precisa ser transparente, verdadeira, respeitar o público e principalmente, ser relevante. A comunicação tem que ser levada com profissionalismo, principalmente nos atuais tempos de profusão de mídias e empoderamento do público. E para isso, atuamos como consultoria de comunicação, estudando cada cliente, recomendando ações, linguagens, formas de falar, mídias… e não apenas como executores.
Juan Diego Correa e Elízio Eluan
Foto: Divulgação
2. ⁠como fica a sociedade sem Diego Correa?
R-Eu e Diego já nos conhecíamos bem, desde começo dos anos 2.000, quando atuávamos na Double M. Sempre nos complementamos. De forma resumida, podemos dizer que, naturalmente, atuamos usando nossas principais qualidades: ele com sua excelente capacidade de relacionamento com o mercado e administração financeira; eu, pela minha formação em publicidade e ciências da linguagem, atuando no comando operacional da empresa e direção de criação. O Diego agora se afasta do dia a dia operacional da Latina, passa a ser uma espécie de conselheiro. Eu deixo de ser um COO (Diretor Operacional) e passo a ser o que poderia se chamar de CEO (Direção Executiva). Isto só para tentar esclarecer a mudança, porque são nomenclaturas que parecem servir a grandes estruturas. A nossa, permanece enxuta, sem grandes pontes entre a necessidade do cliente e a execução dos trabalhos. O que acontecerá, de fato, é que estarei mais próximo ainda dos nossos clientes e terei a ajuda de outros profissionais para cobrir áreas em que o Diego era muito atuante, como ações e eventos. Para esta área, já tenho a meu lado a Izabele Nobre, que atuou na Varanda de Nazaré e no desfile de caminhões da Coca-Cola, por exemplo. Descentralizaremos um pouco mais o atendimento, aumentando mais ainda os pontos de contato da agência com nossos clientes.
3. ⁠Como você avalia o tamanho da marca Latina?

R- Em nosso negócio, principalmente regionalmente, uma agência de comunicação tem sua imagem ligada ao nome à frente do relacionamento com o mercado. Tanto que muitas marcas de agência são, de fato, o nome do principal publicitário, como Galvão e Mendes, só para citar algumas das mais tradicionais. No nosso caso, o nome do Juan Diego é um pouco mais atrelado aos trabalhos Latina que o meu, devido a sua grande capacidade de relacionamento e função que exercia dentro de nossa parceria, de estar mais em contato com nossos clientes do que eu. No entanto, acredito que tenhamos construído uma marca suficientemente relevante, ao ponto de dizer que ela esteja acima de nossos nomes. Não temos uma pesquisa, mas admito que a força da marca Latina pode ser maior e vamos trabalhar isso, para que a percepção de marca seja condizente com a solidez que construímos ao longo desses 10 anos. No entanto, é importante ressaltar que sempre procuramos fazer as marcas de nossos clientes serem muito mais relevantes que a nossa. Preferimos, muitas vezes, ser discretos ao resolver as necessidades de comunicação dos clientes do que tentar aparecer mais que eles.4. ⁠O portfólio da Latina?

R-Procuramos construir um portfólio de soluções que realmente trouxeram relevância e solução para a imagem de marca de nossas clientes, para os objetivos corporativos deles e também para a sociedade. Quando, por exemplo, apresentamos a campanha de 45 anos do Formosa, em 2020, no auge da pandemia, não o fizemos porque queríamos apenas fazer um filme bonito. A campanha era necessária. E construímos essa conclusão junto com o Formosa. Precisávamos, naquela altura, passar uma mensagem: vamos agradecer pelos 45 anos e vamos superar, juntos, tudo aquilo! Esta mensagem geral, vinda de um supermercado que completava uma idade relevante, que não poderia parar suas atividades, que estaria abastecendo a vida das pessoas da melhor forma possível em meio a uma realidade de isolamento e possível escassez, teria uma impacto de esperança e empatia grande! E acreditamos que de fato teve, até porque o Formosa de fato atuou, durante todo esse período, com muita responsabilidade, inclusive fazendo doações e educando ao máximo seus clientes sobre maneiras de se proteger do Coronavírus. O filme ficou, de fato, bonito. Mas para dar força e impacto à mensagem e à atuação do Formosa durante a pandemia, não apenas para ser bonito em si. Este é apenas um exemplo de como construímos nosso portfolio ao longo desses 10 anos. Acreditando que a criatividade, beleza, plástica, acesso à memória afetiva ou mesmo a racionalidade argumentativa estão à serviço dos objetivos muito específicos de cada cliente.
5. ⁠As campanhas do Formosa são sempre sucesso. Como isso acontece ?
R -Assim como nos demais clientes, atuamos como um braço da empresa, uma extensão, uma filial focada em comunicação, como se fôssemos a mesma equipe. Isso acontece de forma mais intensa com o Formosa por três motivos: primeiro por ser um cliente grande, com diversas nuances e diversificados negócios – Supermercado Formosa e Formosa Mix são os principais, com seus diversos departamentos que, por vezes, merecem atenção especial; Formosa Pneus, Formosa Farma, Posto Formosa, Galeria Formosa, Formosa Motos… todas tem demandas e necessidades específicas. Em segundo lugar, por se tratar de uma grande marca de varejo, precisa ter soluções rápidas, que só podem ser possíveis se quebrarmos o máximo de barreiras entre Latina e Formosa. Então a ordem é quebrar paredes e pontes desnecessárias, todos somos um mesmo time. Em terceiro lugar, nossa relação com o Formosa é muito antiga. Eu e Diego já tínhamos, lá no começo dos anos 2000, ainda dentro da Double M, atendido Formosa. Antes, ainda quando era da Coca-Cola, Diego já se relacionava com os donos. Só como Latina, atendemos o Formosa por 10 anos, mesma idade da agência. Então, já nos conhecemos bastante, e isso é um ingrediente importante para buscarmos sempre a comunicação mais condizente possível com a personalidade da marca.
6. ⁠Como você avalia nosso mercado publicitário regional ?
R -Como já morei fora e atuei no mercado catarinense, posso dizer com propriedade: é um dos mais competentes do Brasil. Não é fácil fazer comunicação com qualidade de campanha nacional, mas com verba regional. E os nossos publicitários, desde os anos 60, fazem! Sou fã declarado de Abílio Couceiro, Oswaldo Mendes e Pedro Galvão. Eles colocaram o sarrafo da nossa comunicação lá em cima e determinaram uma referência para os que vieram depois, inclusive para minha geração e as próximas. Se no início da minha carreira, em 1992, já percebíamos isso internamente, quando me mudei de Belém e ouvi elogios e histórias desses mestres contadas por pessoas de outros mercados (e não foram poucas), sem que eu tenha provocado o assunto, percebi que não se tratava de um bairrismo. Então, acredito que esse legado está no DNA de cada agência do Pará. Temos dificuldades? Claro, e muitas! Nós somos a mão no pulso da economia. Se ela vai mal, isso reflete na verba que temos disponível e, consequente mente, nas limitações para fazer nosso trabalho. Se vai bem, nossa capacidade de produzir também melhora. Sem contar com as mudanças de tecnologia e linguagem, que nos coloca desafios, e nem sempre um centro regional tem a mesma capacidade de resposta a estes desafios que outro. Mas, de maneira geral, temos atualmente as mesmas dificuldades de qualquer mercado, em qualquer região. Acredito que podemos ter mais atuação fora do estado, mais expansão, mais capacidade de inter-relacionamento com outros centros.
7. ⁠Sobre as novas mídias?
R-As novas mídias são sempre um desafio de aprendizagem. Nos obriga a nos atualizar constantemente. E torna a consultoria de comunicação cada vez mais necessária, porque é preciso fazer uma curadoria do que realmente cada marca precisa. Não adianta nem descartar uma televisão e nem entrar de cabeça num Threads. Cada meio consolidado tem sua força (senão, não estaria consolidado) e cada novo meio traz novas possibilidades possíveis. É preciso, cada vez mais, estudar as melhores estratégias e conteúdos. Aliás, conteúdo é algo que, a meu ver, tem perdido força desde os idos de 2010. Muitas marcas tem, por vezes, caído na tentação de se maravilhar com mídias novas, deixando de lado o conteúdo publicado nelas. Têm se preocupado com o “onde” publicar e relegado o “o que” e “como” publicar. Basta olhar o Instagram e ver o que de fato chama a atenção em posts feitos por empresas. Se investe pouco em qualidade de conteúdo.
8. ⁠Sua mensagem aos paraenses e ao mercado de anunciantes
R- A comunicação não é um acessório. Ela é estratégica. Quem faz comunicação em nome de um anunciante, tem responsabilidades enormes. Em um mundo em que qualquer um consegue criar, produzir e publicar, uma marca não pode ter uma comunicação que seja qualquer uma. As agências e profissionais hoje são mais relevantes do que antes.
 
Fonte: Ascom/Latina Comunicadores
 
 
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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing, Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará - Brasil.

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