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PIB apresenta crescimento em 134 municípios do Estado do Pará

O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento nominal em 134 dos 144 municípios do Pará, abrangendo mais de 90% do Estado, em todas as 12 Regiões de Integração. Os dados fazem parte do “Relatório PIB Municipal”, divulgado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), em parceria com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o indicador econômico mais usado para medir o crescimento do País.

“Em 2021, as atividades econômicas apresentaram expansão do valor adicionado às economias locais, ocasionando o crescimento nominal do PIB. Como destaque, têm-se as atividades de Extração mineral e Pecuária, que obtiveram elevação significativa de preços, seguidas do Comércio, do Alojamento e Alimentação e da Educação e Saúde privada. Nesse sentido, os municípios obtiveram aumentos em seu PIB com recuperação frente a 2020, onde houve fortes reduções devido às medidas de isolamento social”, explicou Gláucia Moreira, coordenadora de Estatística Econômica e Contas Regionais da Fapespa.

O estudo do IBGE leva em consideração o ano de 2021, em função das informações necessárias para o cálculo do PIB levarem aproximadamente dois anos para serem disponibilizadas. Em novembro, a Fapespa divulgou o levantamento do PIB do Pará daquele ano, que chegou a R$ 262,9 bilhões, avançando 0,08 ponto percentual em sua participação na economia nacional, para 2,9%, se mantendo na 10ª posição entre as Unidades da Federação, em relação a 2020. O PIB da região Norte foi de R$ 564,064 bilhões, onde o Pará contribuiu com 46,2%, mantendo, com isso, a 1ª colocação da região.

Parauapebas tem o maior PIB do Pará – Dando continuidade ao projeto de cálculo do PIB, a fundação divulgou uma nova pesquisa, dessa vez detalhando o desempenho dos municípios paraenses. Parauapebas teve o maior PIB entre as cidades do Pará, com R$ 49,7 bilhões. Em seguida, vem Canaã dos Carajás (R$ 34,9 bilhões), Belém (R$ 33,4 bilhões), Marabá (R$ 13,5 bilhões), Barcarena (R$ 9,2 bilhões), Ananindeua (R$ 8,9 bilhões) e Santarém (R$ 6,3 bilhões). Juntos, esses municípios representaram 59,5% do PIB do Estado e 34,5% da população.

Parauapebas apresentou ganho de participação de 1,3 ponto percentual em relação a 2020, chegando a 18,9%. A alta, segundo Gláucia Moreira, foi influenciada pelo setor industrial, que passou a representar 84,1% do valor adicionado do município, contra 82,2% no ano anterior.

“O PIB desse município, que correspondeu a 18,9% do PIB estadual, é elevado em função de ter em sua base econômica a Indústria extrativa como principal atividade, que em 2021 apresentou expansão em valor de 35%.  Esse aumento em valor corrente da atividade está relacionado ao aumento do preço do minério de ferro no mercado internacional. Outras atividades relevantes para a economia do município são as Profissionais, Científicas e Técnicas, a Administração pública, os Transporte, o Comércio e as Atividades Imobiliárias”, completou a coordenadora da Fapespa.

O PIB de Canaã dos Carajás contribuiu com 13,3% da produção estadual em 2021 e apresentou elevação da participação de 2,9 pontos em relação ao ano anterior (10,4%). A base da economia da cidade é o setor Industrial, que em 2021 passou a representar 89,6% do valor adicionado total do município.

A cidade de Belém alcançou o PIB de R$ 33,4 bilhões, representando 12,7% do PIB estadual. A perda de participação da capital paraense foi de 1,5 ponto percentual em relação a 2020 (14,2%), influenciada pelo ganho expressivo em valor adicionado dos municípios que têm a indústria como principal setor de atuação. A predominância econômica de Belém foi do setor dos serviços, que teve contribuição com 86,6% com administração pública, atividades imobiliárias, comércio e intermediação financeira sendo as principais atividades.

Ranking dos 10 Maiores PIBs dos Municípios do Estado do Pará – 2021

1º Parauapebas R$ 49.763.040 bilhões

2º Canaã dos Carajás R$ 34.989.610 bilhões

3º Belém R$ 33.467.126 bilhões

4º Marabá R$ 13.523.145 bilhões

5º Barcarena R$ 9.243.937 bilhões

6º Ananindeua R$ 8.939.830 bilhões

7º Santarém R$ 6.390.528 bilhões

8º Tucuruí R$ 5.614.501 bilhões

9º Castanhal R$ 4.709.312 bilhões

10º Paragominas R$ 4.280.508 bilhões

Municípios com maior PIB per capita – Levando em consideração a divisão do PIB pelo número de habitantes, Canaã dos Carajás manteve a primeira colocação no Pará e teve o segundo maior PIB per capita do país em 2021, com R$ 894 mil – um crescimento de 51,5% em relação a 2020 -, ficando atrás apenas de Catas Altas, em Minas Gerais, que apresentou R$ 920 mil.

Em seguida, entre os municípios paraense, vem Vitória do Xingu (R$ 274 mil, com variação em valor de 9,3%), Parauapebas (R$ 227 mil, com aumento em valor de 27,8%), Curionópolis (R$ 206 mil, com variação de 172,2%) e Jacareacanga (R$ 90 mil, com crescimento nominal de 53,8%, em relação ao ano anterior).

Ranking dos 10 Maiores PIBs per capita dos Municípios do Estado do Pará – 2021

1º Canaã dos Carajás R$ 894 mil

2º Vitória do Xingu R$ 274 mil

3º Parauapebas R$ 227 mil

4º Curionópolis R$ 206 mil

5º Jacareacanga R$ 90 mil

6º Barcarena R$ 71 mil

7º Santa Maria das Barreiras R$ 48 mil

8º Tucuruí R$ 48 mil

9º Marabá R$ 47 mil

10º Bannach R$ 39 mil

Crescimento deve seguir, apesar da indústria – Ao considerar os principais fatores que contribuem para o desempenho da economia, se espera que o PIB dos municípios paraenses continue em uma tendência de crescimento nominal na divulgação dos números de 2022. Entre os fatores, estão o avanço em volume dos serviços (6,5%), do comércio (4,0%), da geração de energia elétrica (7,2%) e pelo bom desempenho da produção agropecuária, com destaque para as quantidades produzidas de mandioca (2,5%), milho (10,5%), soja (15,3%) e laranja (13,5%), que apresentaram aumento no ano passado.

“Outros fatores são a elevação da taxa de juros (Selic 13,75%), a cotação do dólar em 5,23% e o aumento da inflação (5,76%) nesse período. No entanto, o crescimento do PIB dos municípios em 2022 será atenuado pelo desempenho negativo do setor industrial, que obteve retração de -9,1%, sendo este impulsionada pela queda em volume da indústria extrativa (-8,3%) e pela desvalorização do preço da commoditie do minério de Ferro (-24,9%)”, completou Gláucia Moreira.

Fotos: Pedro Guerreiro/Agência Pará
Foto “Parauapebas”: Marcelo Lelis/Agência Pará

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing, Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará - Brasil.

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