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Técnica do Pirarucu de carbono é demonstrada na IFC da Amazônia. É apoiada pelo programa Sustenta e Inova, do Sebrae no Pará

Apoiada pelo programa Sustenta e Inova, a técnica foi implantada no Marajó e prevê o reaproveitamento da água de manejo na floresta sintrópica

A maquete da técnica Pirarucu de Baixo Carbono chamou a atenção do público que visitou a IFC Amazônia – que ocorreu no Hangar, em Belém. O evento, voltado para a produção de pescado como alternativa econômica sustentável para a floresta e para seus habitantes, foi palco de um debate estratégico para a região amazônica, que abriga a maior floresta tropical e a maior reserva de água doce do mundo. No espaço, a técnica Pirarucu de baixo carbono foi apresentada ao público no estande do Sebrae no Pará, que foi muito visitado por pescadores, aquicultores, empresários, instituições de pesquisa, entidades e investidores.

A técnica do pirarucu baixo carbono, desenvolvida pela Agropesca Pará, é apoiada pelo programa Sustenta e Inova, do Sebrae. Ela consiste na produção do pirarucu (Arapaima gigas) em tanques suspensos que foram implantados no Marajó, mais especificamente nos municípios de Breves, Gurupá e Portel, sendo atendidos 30 produtores em cada.

O biólogo especialista em piscicultura, Jorge de Queiroz, responsável pelo projeto e que presta consultoria para os criadores marajoaras, explica que nesse sistema, o pirarucu é cultivado em consórcio com agrofloresta e seu sistema sintrópico, ou seja, o cultivo gera água rica em nutrientes por conta da sobra de ração e produção orgânica do peixe e que, ao ser trocada – essa água é reaproveitada para irrigar a floresta sintrópica, onde todo o nutriente dessa água é absorvido pelas plantas, como açaí, cupuaçu, cacau, hortaliças e árvores de madeira de lei. “A floresta recebe a água do cultivo do peixe, que não é desperdiçada e contribui para o meio ambiente, pois antes era descartada de forma aleatória, poluindo as nascentes”, explica o biólogo.

A agrofloresta sintrópica é um tipo de sistema agroflorestal que tem a sucessão ecológica como a mola mestra e seu manejo imita a sucessão de uma floresta nativa. A água de cultivo do peixe, rica em nutrientes, obrigatoriamente deverá ser utilizada na irrigação florestal em sistema sintrópico e aquaponia, fazendo a parte de adubação da produção vegetal, sendo utilizada em duas ou mais atividades, reduzindo o impacto ambiental, não sendo descartada de forma aleatória no meio ambiente e cursos d’água. “Esse processo proporciona sustentabilidade na propriedade pois, enquanto o peixe está sendo cultivado, o produtor poderá obter renda através das culturas de ciclo curto”, explica Paula Couceiro, gestora do projeto Sustenta e Inova no Pará.

Para Ingrid Gabriella Vidal da Silva, estudante de Engenharia de Pesca, está mais do que na hora de apresentar as boas práticas focadas na psicultura. “Principalmente quando está chegando um das maiores eventos focados no clima e meio ambiente na nossa cidade. Passar à frente as informações com enfoque em sustentabilidade gera conhecimento para gerações futuras”, ressaltou ao se referir à COP30, que vai ocorrer em Belém do Pará, em 2025.

A produção de baixo carbono permite que todo o nitrogênio, fósforo e amônia sejam absorvidos pelas plantas, pois o pirarucu possui respiração aérea – não precisando de energia elétrica para o seu cultivo, o que contribui ainda mais para a preservação ambiental.

Fonte: Agência Sebrae de Noticias Pará

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing ,Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará.

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