Meio Ambiente

Projeto na Amazônia devolve mais de 1.700 quelônios à natureza

Fenômeno com filhotes de tartarugas, tracajás e pitiús acontece todos os anos durante ciclo de reprodução monitorado no Médio Xingu, pela Norte Energia com o Ideflor-Bio.

A natureza está em festa no rio Xingu. Mais de 1.700 quelônios, entre tartarugas-da-Amazônia, tracajás e pitiús, conquistaram, neste sábado (2), as águas do rio após o ciclo de reprodução, iniciado em junho e monitorados pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). Desde o começo do Projeto Tartarugas do Xingu, em 2011, pouco mais de 6 milhões de filhotes de quelônios foram devolvidos à natureza.  

Neste ano de 2023, o monitoramento do fenômeno vem sendo acompanhado desde agosto por três biólogos e 15 auxiliares do projeto. É quando se tem início o período de desova na Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Tabuleiro do Embaubal, no município de Senador José Porfírio, no Pará. A desova das espécies ocorre em 20 praias do Tabuleiro entre o final de agosto e novembro, com o período de eclosão, quando os quelônios nascem e vão para o rio, entre a madrugada e o amanhecer, principalmente, do final de novembro aos primeiros dias de dezembro.  

Para ajudar os quelônios a ingressarem na natureza, a Norte Energia realizou, durante o fim de semana, ação do Projeto Tartarugas do Xingu, com escavação na areia por um grupo de voluntários, para auxiliarem o nascimento dos filhotes. O objetivo foi sensibilizar e conscientizar as pessoas para a importância de preservação dos quelônios. 

Se comparado à tartaruga marinha, o ciclo de reprodução da tartaruga-da-Amazônia é mais sensível em vários aspectos, o que exige cuidados especiais durante a colocação de ovos pelos quelônios. Daí a importância do monitoramento e fiscalização na Unidade de Conservação. O Tabuleiro do Embaubal é uma das principais áreas de reprodução das espécies e foi criado por meio do Decreto nº 1.566 de 17 de junho de 2016. Possui área de 4.033,94 hectares e está localizado na porção norte da Floresta Amazônica. 

“Este é um importante reduto de biodiversidade, abrigando grande variedade de espécies animais e vegetais, além de ser o local de maior desova de quelônios. Graças a esse trabalho em parceria com o Ideflor-Bio, todos os anos ajudamos que cerca de 500 mil quelônios nasçam e habitem o Xingu e seus afluentes, bem como o rio Amazonas, mantendo assim o objetivo de conservação das espécies”, explica Roberto Silva, gerente dos meios físico e biótico da Norte Energia.  

Fonte: Por Jéssica Santana/Consultora de Comunicação/Oficina
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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing ,Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará.

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