Belém é sede do I Simpósio Paraense de Transplante Musculoesquelético
Recentemente, o Pará entrou na lista de estados habilitados a realizar o transplante musculoesquelético em pacientes ortopédicos do SUS e do sistema privado, por meio do Hospital Maradei. Em vista disso, a instituição realizará neste sábado, 21, o I Simpósio Paraense de Transplante Musculoesquelético, com o objetivo de promover o intercâmbio de conhecimentos com a equipe de transplantes musculoesquelético de São Paulo, de vasta experiência no assunto, além de destacar a importância da doação de órgãos e tecidos.
O evento científico contará com palestras de renomados profissionais do Pará e de São Paulo. Participarão a médica Ana Beltrão, responsável técnica pela Central Estadual de Transplantes do Pará; o Dr. João Luis Erbs Pessoa, diretor técnico do Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo; o Dr. Luiz Augusto Ubirajara Santos, responsável técnico pelo Banco de Tecidos Musculoesqueléticos do Instituto de Ortopedia (HC-FMUSP); o Dr. João Alberto Ramos Maradei Pereira, professor de ortopedia da Faculdade de Medicina da UFPA; e o Dr. George Kalif Lima, ortopedista e traumatologista, especialista em Cirurgia do Quadril (Into-RJ). A programação será realizada no Grand Mercure, em Belém, das 9h às 16h.
Sobre o transplante musculoesquelético
No transplante musculoesquelético podem ser utilizados ossos, tendões, cartilagens, meniscos e demais tecidos responsáveis pela sustentação e movimentação do corpo humano. Todo esse material, proveniente de doadores, é captado, processado, armazenado e distribuído por bancos de tecidos. No Brasil, existem apenas cinco bancos de tecidos e eles atendem hospitais habilitados para esse transplante em todo o país.
Pacientes Beneficiados
Entre os pacientes que serão beneficiados com o transplante estão aqueles com perdas ósseas decorrentes de tumores, traumatismos, deformidades congênitas e os que se submetem a múltiplas trocas de próteses articulares, sobretudo do quadril e joelho.
Vantagens do transplante musculoesquelético
Apesar da complexidade, o transplante musculoesquelético permite uma reabilitação mais abreviada, além do paciente não precisar tomar medicação para evitar a rejeição do enxerto.
Outro ponto positivo é que, uma vez identificada a necessidade do enxerto de banco de tecidos, a compatibilidade entre doador e receptor é bem mais simples do que a do transplante de outros órgãos, o que ajuda na redução do tempo de espera pela cirurgia.
Quem pode doar tecido musculoesquelético
Estão habilitadas a doar pessoas entre 10 e 70 anos, que não tenham tido doenças infecciosas (transmitidas pelo sangue), câncer ósseo e osteoporose avançada. A doação pode vir de pessoas vivas ou de cadáveres. Cada doador pode beneficiar cerca de 30 pacientes.
Fonte: Norte Comunicação
Por Iva Muniz