Cultura

Programa Alfabetiza Belém certifica mais de 700 pessoas de toda a capital paraense nesta segunda, 18

 

“Pra mim é uma gratidão muito grande. Esse sempre foi meu sonho e meu direito. Agora faço questão de escrever o meu nome”, declara a aluna da Escola Municipal Duas Irmãs, Patrícia Marques, 46 anos, uma das 710 pessoas certificadas pelo programa Alfabetiza Belém, desenvolvido pela gestão municipal, por meio Coordenadoria de Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai) da Secretaria Municipal de Educação (Semec). 

A aluna Patrícia, que é cadeirante, estava ansiosa e não tinha conseguido dormir sabendo que na noite desta segunda-feira, 18, no Auditório do Centur, receberia o primeiro certificado da vida e enfatizou, “vou continuar até o fim. O meu sonho é ser professora”. 

Certificados – O prefeito de Belém Edmilson Rodrigues juntamente com a secretária municipal de Educação, Araceli Lemos e o coordenador da Ejai, Miguel Picanço, entregaram aos novos alfabetizados os certificados da conquista educacional.

“Acreditem que é possível. O EJAI é uma política de estado para aquelas pessoas que não  tiveram a oportunidade, na idade considerada normal. Não parem de estudar. Termimem o ensino fundamental”, exortou o prefeito Edmilson Rodrigues. 

Ele também afirmou, que todos e todas podem continuar sonhando e transfomar o sonho em realidade. “Ao ler na perspectiva freiriana vocês estão aprendendo a ler o mundo. Meu sonho é ser prefeito da primeira cidade sem analfabetos”, concluiu o prefeito.

Erradicar o analfabetismo em Belém

O Alfabetiza Belém, criado pela gestão municipal em 2021 tem como politica pública erradicar o analfabetismo da capital paraense até 2024. Com os métodos Paulo Freire e “Sim, eu posso!” a Prefeitura de Belém já alfabetizou 1.963  jovens, adultos e idosos em todos os bairros da capital.

Os 710 estudantes, com idades que variam de 15 a 70 anos, foram alfabetizados durante cinco meses de aulas em 37 escolas do município. 

Sonhos realizados

“Eu queria aprender a ler e a escrever. Matriculei e estou aprendendo. Agora sei ler e escrever meu nome. A minha vontade é aprender mais para quando eu viajar por aí não ficar pedindo pra alguém preencher formulário por mim, ou quando for no médico. Com esse projeto tenho a minha independência”, festejou a aposentada Maria Amélia Oliveira, 66 anos, que afirmou continuar os estudos para concluir o ensino fundamental.

O mesmo sentimento é partilhado pela estudante Darcy Pinto, 67, feliz em receber o certificado do Programa Alfabetiza Belém que trouxe o novo significado na vida, “Eu evoluí muito porque eu tinha muita dificuldade para falar em público, agora não. Depois do projeto, voltei a estudar o ensino fundamental. Eu quero aprender mais”, contou Darcy.

Programa – As turmas de alfabetização estão distribuídas em mais de 38 escolas municipais e espaços sociais nas comunidades de Belém, em parceria com movimentos sociais e universidades. 

O processo de alfabetização ocorre em cinco meses com base na proposta de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, que  busca ensinar a partir da realidade do estudante. Também é usado o método de alfabetização em massa “Sim, eu posso!”, utilizado para acabar com o analfabetismo em Cuba, e que já chegou a cerca de 30 países, com uma metodologia a partir de videoaulas para alfabetizar jovens e adultos.

“Para nós  é motivo de muita alegria. Estamos emocionados e felizes. Gostaria de enfatizar que esse evento só é possivel porque temos um prefeito que tem um olhar para educação.  É inédito no Estado do Pará essas 38 escolas que estão com 60 turmas de jovens, adultos e idosos”, pontuou o coordenador da Ejai, Miguel Picanço.

Fonte: Agência Belém

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing ,Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará.

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