Tecnologia inovadora auxilia no diagnóstico de problemas neurológicos
Belém já conta com tecnologia inovadora para monitoramento da complacência intracraniana, um indicador da saúde neurológica, cujo comprometimento leva à disfunção cerebral. Trata-se de um sensor, chamado Brain4care, criado pelo cientista brasileiro Sérgio Mascarenhas (1928 – 2021).
O aparelho é um grande avanço para o diagnóstico de problemas neurológicos, pois apresenta a grande vantagem de não ser invasivo, o que minimiza os riscos, além de ser indolor, deixando o paciente mais confortável na hora do exame. E o resultado sai em poucos minutos.
Para se ter uma ideia da importância dessa tecnologia, antes dela, só era possível monitorar a pressão intracraniana com procedimentos invasivos, como a introdução por meio cirúrgico de um eletrodo na caixa craniana do paciente. Para completar, essa forma de investigação invasiva tem indicação restrita, ou seja, depende de cada paciente.
O sensor é indicado para investigar doenças que possam estar relacionadas à alteração da pressão intracraniana, fornecendo informações sobre o equilíbrio do conteúdo interno da caixa craniana (relação entre pressão e volume). Auxilia na investigação de dores de cabeça, perda visual não esclarecida, tumor cerebral, hipertensão intracraniana idiopática, diagnóstico e acompanhamento da hidrocefalia, diagnóstico diferencial na doença de Parkinson e demências, traumatismo craniano, AVC isquêmico e hemorrágico, além de auxiliar no acompanhamento de doenças crônicas, como a hipertensão arterial.
O neurocirurgião da equipe Neurolife, Dr. Carlos dos Reis Lisboa Neto, especialista em neurocirurgia endovascular e intervencionista, utiliza o sensor em suas consultas há mais de um ano. De acordo com ele, o aparelho tem sido uma ferramenta importante na investigação de hipertensão intracraniana.
“O aparelho aumenta a precisão no diagnóstico e auxilia na tomada de decisão terapêutica, tanto nos casos de tratamento clínico, quanto nos casos cirúrgicos. A reação de meus pacientes ao sensor é de maior segurança no diagnóstico e monitoramento da saúde neurológica.”, afirma.
A utilização da tecnologia é simples e prática. O sensor é posicionado externamente na cabeça do paciente, onde capta dados que são enviados em tempo real para a plataforma em nuvem do sensor. Lá, os algoritmos os consolidam em um relatório, visualizado pelo médico por meio de um tablet ou smartphone, conectado à internet. O relatório pode ser acessado em tempo real e remotamente pelo especialista.
Fonte: Norte Comunicação
Por Iva Muniz