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Médico João Paulo Oliveira Costa alerta sobre Lombalgia: prevenir é o melhor remédio

Em 2022,  a OMS já alertava: 80% da população mundial já teve ou terá dor na coluna ao longo da vida. Para se ter uma ideia, a dor lombar é o segundo motivo mais frequente de ida ao médico, perdendo apenas para a dor de cabeça. Vários fatores implicam nesse quadro, que vão desde doenças congênitas, condições psicológicas, até a forma como o indivíduo movimenta ou não o corpo no dia a dia. Para explicar com mais detalhes  sobre a lombalgia, que também é uma das principais causas de afastamento do trabalho no Brasil, entrevistamos, através da Norte Comunicação, o médico João Paulo Oliveira Costa, pós-graduado em neurocirurgia e cirurgia da coluna vertebral pela Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência de São Paulo, com atuação em importantes hospitais de Belém. Confira!

O que é lombalgia e quais as causas?

Dr. João Paulo: O termo lombalgia refere-se à dor na região lombar , porção inferior das costas. Como causas temos afecções congênitas, degenerativas, inflamatórias, infecciosas, tumorais, mecânicos-posturais, esforço requerido para atividades do trabalho e da vida diária, além de fatores psicológicos como a ansiedade, depressão, responsabilidade estressante,

Insatisfação, estresse mental no trabalho e imagem corporal negativa.

Quem são as pessoas mais atingidas por esse mal?

Dr. João Paulo – Acomete entre 70% a 80,5% da população, sendo o maior índice de pacientes pertencentes ao sexo feminino, entre 22 a 45 anos de idade.

O que fazer para evitá-la?

Dr. João Paulo: Devemos manter a musculatura estabilizadora da região lombar e quadril fortalecida através de exercícios de resistência, alongamentos, flexibilidade e mobilidade. Cuidados posturais, ergonomia durante suas atividades no trabalho e da vida diária. Controle de estresse, depressão e ansiedade. Sono reparador e alimentação balanceada, além de

controle do peso corporal.

Quais os tratamentos possíveis?

Dr. João Paulo – Repouso, fisioterapia analgésica e medicamentos para lombalgia aguda. Fisioterapia, musculação e medicações em fases subagudas e crônicas. Cirurgias em casos

específicos, como quando há insucesso no tratamento clínico e alterações neurológicas, principalmente em situações de perda de força.

Existe estatística sobre o número de pessoas no Brasil que sofrem com esse mal?

Dr. João Paulo – No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas ficam incapacitadas por causa desta morbidade e, pelo menos, 70% da população sofrerão um episódio de dor lombar na vida. Cerca de 20% a 30% das pessoas que sofrem de lombalgia aguda tendem a desenvolver a forma crônica.

Quando a lombalgia não é tratada, o que pode acontecer com a pessoa?

Dr. João Paulo – Quando o problema não é precocemente diagnosticado e tratado, principalmente com medidas preventivas, existe a tendência a cronificação da lombalgia, que impacta diretamente na qualidade de execução de atividades da vida diária.

E de que forma a lombalgia afeta a vida da pessoa no dia a dia?

Dr. João Paulo – Com dores crônicas, o indivíduo tende a ficar limitado de uma forma global na realização das suas atividades, tanto profissionais quanto de lazer, nos afazeres domésticos, escolares, entre outros. Além do impacto psicológico e social que as

dores crônicas e a incapacidade impõem.

Existem profissões mais propensas a provocar esse problema?

Dr. João Paulo – As que envolvem esforços físicos repetidos, principalmente em situações onde a ergonomia do trabalho é negligenciada. Ocupações que envolvem estresse emocional, sobrecarga mental e pouco descanso também estão diretamente relacionadas ao

surgimento de lombalgia.

Nesse caso, qual a orientação médica para o trabalhador?

Dr. João Paulo – Atenção à postura e à forma de execução do trabalho. Evitar vibrações e trepidações, bem como esforços físicos extenuantes. No ambiente de trabalho, atentar principalmente para a posição da cadeira, altura de mesas, postura ao digitar, nível de estresse a que é submetido, etc.

Falando de dores nas costas em geral, quais delas exigem cirurgia?

Dr. João Paulo – Dentre as patologias da coluna vertebral, destacamos aquelas em que a medicação para dor não foi suficiente para controlar os sintomas, bem como o repouso e fisioterapia (de 6 a 8 semanas de tratamento conservador) sem sucesso, e ainda graves deformidades ou instabilidades da coluna vertebral e casos de déficit neurológico (principalmente de força motora).

De que forma essas cirurgias podem ser realizadas?

Dr. João Paulo – Divido em três grupos: aquelas que exigem descompressão neural (hérnias de disco, estenoses, artroses, hipertrofias de ligamentos, cistos, tumores, etc), as que necessitam de estabilização mecânica por conta de instabilidades segmentares (nesse caso o paciente é submetido a procedimentos cirúrgico através de implantes específicos) e

as de correção de deformidades (escolioses, por exemplo). Muitos casos as técnicas são combinadas.

Para encerrar, qual a orientação para as pessoas de um modo geral?

Dr. João Paulo – Pela incidência e prevalência da lombalgia principalmente relacionada à problemas na coluna, é mandatório a prevenção precoce. No caso da doença já instalada, o tratamento deve ser prontamente instituído . Em caso de cirurgias, quando possível, dar preferência a técnicas minimamente invasivas, com o máximo possível de efetividade, diminuindo, assim, as limitações ocupacionais, favorecendo o retorno às atividades da vida diária.

 

Fonte: Norte Comunicação/Assessoria de Imprensa

Por Iva Muniz 

 

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing, Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará - Brasil.

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