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Edmilson Rodrigues participa de reunião com Lula, governadores e presidentes do Congresso e do STF

O presidente Luís Inácio Lula da Silva se reuniu na noite desta segunda-feira, 9, no Palácio do Planalto, em Brasília, com os governadores (ou representantes) dos 27 Estados brasileiros e também com alguns prefeitos de capitais, entre eles o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. A reunião tratou dos atos terroristas ocorridos em Brasília, na tarde e noite de domingo passado, praticados por bolsonaristas extremistas que tentavam dar um golpe de Estado por não aceitar o resultado legítimo das urnas. Os terroristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e a Congresso Nacional.

Também participaram da reunião autoridades como a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, e o presidente interino do Senado, Veneziano Vital Rego. 

O encontro reafirmou o apoio de todos os presentes à democracia e também o repúdio unânime aos atos de terrorismo e vandalismo. E funcionou como um ato de desagravo ao presidente Lula por parte das principais autoridades do país.

“Uma reunião linda, produtiva e esperançosa pra todos nós que amamos o Brasil e a democracia”, avaliou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, um dos convidados por Lula ao encontro.

Edmilson Rodrigues já participara, na manhã desta segunda-feira, 9, de uma reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da qual é vice-presidente de Cultura para tratar dos atos terroristas em Brasília.
Na reunião, a FNP elaborou uma carta de desagravo, na qual pede a punição dos responsáveis e afirma, entre outras coisas, que “Prefeitas e prefeitos, eleitos pelo legítimo voto direto, reafirmam que o resultado eleitoral deve ser respeitado como vontade suprema da Nação e que se devem repudiar esse atos antidemocráticos, os mais graves desde a Constituição de 1988, com rigor”. 

Reações

Algumas medidas objetivas foram anunciadas na reunião.

Por causa dos atos, o presidente Lula decretou, ainda no domingo, intervenção na segurança do Distrito Federal e o ministro do STF Alexandre de Moraes afastou por 90 dias o governador do DF, Ibaneis Rocha. Ainda na noite de hoje, o Senado apreciaria essas medidas, e votará nesta terça-feira para aprovar provavelmente por unanimidade.

Já o deputado Artur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, disse que a Casa votaria as medidas, de forma simbólica, nesta terça-feira, 10, para aprovar também por unanimidade as decisões.

E a presidente do Supremo, Rosa Weber, anunciou para 1º de fevereiro o início do Ano Judiciário, numa resposta prática aos desafiadores das instituições democráticas. 

Helder Barbalho

Após a abertura da reunião pelo presidente Lula, o primeiro a falar foi o governador do Pará, Helder Barbalho, presidente do Fórum Nacional dos Governadores. 

Helder cumprimentou os prefeitos presentes, na pessoa de Edmilson Rodrigues, e destacou que os representantes do povo, eleitos democraticamente, precisavam se manifestar em apoio ao presidente Lula e à própria democracia, “um ato de desagravo neste momento tão grave que o país vive”.

O governador do Pará destacou que todos ali tinham matizes políticos e ideológicos diferentes, mas unidos por uma causa comum e inegociável, a democracia. “O que se viu não foi manifestação política, mas terrorismo”, destacou Helder. 

Flávio Dino

O ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino, disse que o presidente pediu a ele duas coisas principais, no domingo, ainda durante os atos terroristas em Brasília: legalidade e responsabilidade: “Que nossas ações não pudessem ser contestadas, sob o ponto de vista da justiça, e também a responsabilização dos culpados”.

Dino destacou que cerca de mil e quinhentas pessoas estão detidas, acusadas de terrorismo e vandalismo, e que os financiadores e articuladores das ações golpistas serão ainda investigados e punidos de acordo com a lei.

Artur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, também deplorou os atos de domingo, reforçou o apoio à democracia e então anunciou, para amanhã, terça-feira, a reunião para votar simbolicamente e aprovar a intervenção na segurança do DF.

Lula

O presidente Lula, no encerramento da reunião, agradeceu a todos os presentes, destacou o ineditismo de se reunirem todos os governadores, num momento tão importante para a democracia, e reforçou que “esses terroristas aí são massa de manobra, nós chegaremos aos mandantes, aos financiadores, e tenham certeza de que serão punidos”. 

O presidente afirmou que todos os presos continuarão detidos até que se conclua o inquérito sobre os fatos de domingo em Brasília.

Lula lembrou que os ataques à democracia foram uma tônica de todo o período de Jair Bolsonaro na Presidência e que a polícia do Distrito Federal foi conivente, sim, com os atos golpistas, “basta ver as muitas imagens do comportamento da polícia, que parecia aliada dos golpistas”.

Lula falou que o líder [Bolsonaro] abandonou os liderados antes do final do mandato, viajou para os Estados Unidos e “as pessoas ficaram aqui sem ter o que fazer, e passaram então a atentar contra a democracia, pedindo intervenção militar”.

“Não seremos autoritários, mas agiremos de acordo com a lei e à altura desse momento histórico. Respeitarei todos os governadores, independente da cor política, visitarei depois cada um em seu gabinete, para tomar um cafezinho e tratar dos assuntos importantes respeitando o povo que elegeu cada um de de vocês”, garantiu o presidente.

Lula também destacou que a democracia é a única forma de garantir ao povo refeições, produção e qualidade de vida, “e por isso nós, que lutamos tanto pela democracia até aqui, não vamos deixar que nada ponha isso em risco”.
 
Ao final da reunião, Lula, atendendo a pedido de Rosa Weber, convidou todos a visitarem o plenário do STF, como um ato de desagravo ao poder judiciário.

Fonte: Agência Belém

Texto: Edson Coelho

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing ,Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará.

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