Simpósio do Ouro e Feira de Mineração da Amazônia em Belém: Evento vai debater práticas sustentáveis na cadeia produtiva do ouro no Brasil
O ouro é considerado um dos ativos financeiros mais seguros da economia mundial, lastreando a reserva monetária de diversos países, sendo considerado uma reserva de valor e porto seguro em tempos de crise e instabilidade financeira. E, o Brasil, que possui uma das maiores reservas de ouro do mundo, pode se transformar em um player global, se conseguir organizar sua produção e adotar padrões internacionais.
Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), em 2021, o valor da produção do metal no país chegou a R$ 24 bilhões, o que representa cerca de 7% da produção do setor mineral brasileiro. E, a tendência segundo especialistas é que nos próximos anos, com novos investimentos em pesquisa, novas minas e refinarias em operação, esse valor pode aumentar e contribuir com a economia, gerando novos empregos, receitas para estados e municípios e desenvolvimento regional.
Entretanto, o grande desafio do país é garantir altos padrões ESG em toda a cadeia do ouro, que vai desde a produção e refino, comercialização, que hoje sofre com a desconfiança internacional, causada pelas atividades ilícitas, sobretudo na região Norte, que tem um enorme potencial, mas sofre com tais ilegalidades.
Para debater ações voltadas a uma mineração de ouro competitiva, responsável e comprometida com o meio ambiente, com as comunidades e que incorpore novas tecnologias, a Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM) realiza de 23 a 25 de agosto, em Belém, o Simpósio do Ouro – Brasil 2022, e a Feira de Mineração da Amazônia.
O Simpósio do Ouro – Brasil 2022 vai reunir executivos das principais mineradoras de ouro do país, governos, especialistas e profissionais que atuam na cadeia produtiva do ouro, para que juntos possam debater aspectos regulatórios, tecnológicos, ambientais, iniciativas de governança, trocar experiências e oportunidades de negócios.
José Fernando Gomes Jr. Secretário da Sedeme – Secretaria de Desenvolvimento, Energia e Mineração do Estado do Pará afirma sobre o evento:” O Pará é o maior estado minerador e o ouro é uma das matérias-prima que o Pará exporta. Vamos ter uma refinaria de ouro este ano. Vamos debater também todo tipo de mineração no Estado, com respeito ao meio ambiente e à sustentabilidade”.
“O crescimento da pequena e média mineração é uma tendência mundial. E a ABPM tem sido uma porta voz desse segmento da mineração no Brasil, promovendo um diálogo transparente com diversos atores. Entendemos que o setor do ouro no Brasil precisa de um olhar especial”, explica Luís Maurício Azevedo, presidente da ABPM.
Para Azevedo, é preciso debater práticas de negócios responsáveis ao longo de toda a cadeia de fornecimento de ouro e o evento será uma oportunidade de fazer esse debate, discutindo investimentos em pesquisa, descoberta de novas jazidas, abertura de novas minas, além de cases de empresas que atuam de maneira responsável.
O local escolhido para sediar o evento foi o estado do Pará, um dos maiores produtores do ouro no país, ao lado de Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e Goiás. “O Simpósio do Ouro será um oportunidade para as empresas, associações e entidades relacionadas a atividade aurífera brasileira possam trazer contribuições para criação de pilares comprometidos com práticas de governança e compliance em toda a cadeia produtiva do ouro no país,” avalia Maurício Gaioti, presidente da North Star, empresa especializada no refino de metais preciosos, que inaugura no segundo semestre, em Belém, uma moderna unidade de refino com capacidade para processar 24 ton./ano, e aumentar gradativamente sua participação do mercado.
Gaioti acredita que o evento será uma oportunidade para pessoas e entidades comprometidas com a legalidade da produção do ouro no país, que envolve questões sociais, ambientais e econômicas, mostrarem que esse segmento não pode ser confundido com atividades ilegais que vêm ocorrendo no país. “É uma grande oportunidade para que possamos mostrar o alto grau de investimento, de rigor de procedimentos e expertise que o país possui na produção de ouro”, avalia Gaioti.
Promovido pela ABPM, o Simpósio do Ouro – Brasil 2022 e a Feira da Mineração da Amazônia, contam com o apoio de diversas instituições de governo, de entidades empresariais e empresas atuantes no setor mineral.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração – ABPM