Geralmente toda criança demonstra o desejo de ter um bichinho de estimação, e é muito importante que os pais possam analisar cuidadosamente como atender o pedido. Ter um pet em casa ajuda no desenvolvimento e senso de responsabilidade, aflorando emoções como o amor, cuidado e carinho, que irão fortalecer o lado emocional da criança.
Além da responsabilidade de cuidar de um ser mais frágil que ela, os pets trazem inúmeros benefícios para a saúde e provam na prática que tê-los em casa, mesmo para quem sofre com algum problema de saúde, ajuda no aumento da imunidade.
“O que se sabe hoje, e os estudos estão reforçando, é que ter um animal aumenta a imunidade da criança, mesmo que ela seja alérgica. Até porque, os pacientes que são alérgicos a pelos de animais, são apenas 10% da população. Quando a criança é exposta a esse alérgeno, existe uma imunoglobulina que é um anticorpo na verdade, que fica nas mucosas nasais da criança e quando ela é exposta ao pelo do animal essa imunoglobulina aumenta em uma tentativa de defesa do organismo, isso consequentemente vai evitar que a criança adoeça. Ou seja, melhora a imunidade da criança”, afirma a pediatra Alinne Karla Barros.
A médica do Sistema Hapvida completa ainda que as crianças expostas a vários animais possuem uma estimativa de desenvolverem doenças 50% menor do que as que são expostas apenas a cães e gatos, mantendo uma saúde equilibrada. A companhia do animal pode diminuir as chances de desenvolver resfriado, problemas gastrointestinais e dores de cabeça, fazendo com que não desenvolva algumas patologias como ansiedade, depressão, entre outras.
Um estudo realizado na Suécia e publicado na revista Jama Pediatrics colocou em observação um grupo de crianças de zero até seis anos de idade, entre as que tinham animais convivendo em casa e outras não. Quem convivia com animais teve uma queda de até 15% na estimativa de desenvolver asma, em comparação com quem não convivia.
Apesar de todos os benefícios apresentados, é fundamental que a família espere a criança ter no mínimo quatro anos para adotar um pet, por conta do desenvolvimento da maturidade motora e do maior grau de entendimento que deverá ter do animal como parte da família, que não pode ser maltratado e que precisa das vacinas em dia.
Então, o que levar em consideração na hora de adotar?
Há quem não se atente muito para as características que o animal deve apresentar na hora de escolher qual será adotado. Por exemplo, levar em consideração a raça é um fator determinante para, inclusive, atentar se o pet escolhido está de acordo com a realidade do lar onde irá morar.
A personalidade de um cão pode variar de acordo com a raça: há aqueles que são maiores, mais travessos, fator que influencia caso a família passe o dia fora e não tenha tempo de passear com o cachorro, necessidade própria da espécie.
Já o gato, de acordo com a médica, é um pouco mais tranquilo. “O gato é um animal mais de dentro de casa, ele não precisa dar passeios, ele é mais independente. Os gatos são animais que não são domesticáveis, todos eles de todas as raças. Tem raça que é uma ótima opção, como o Ragdoll, porque são extremamente dóceis, ainda mais se você vai adquirir desde filhotinho, que vai crescer na casa”, ressalta.
A procedência do animal também deve ser levada em conta. Muitas vezes, o animal vai para a casa de uma pessoa traumatizada por ter crescido em um lar onde foi maltratado, o que pode interferir diretamente no seu comportamento. O que pode tornar o animal agressivo é o contato humano, pois geralmente são bastantes dóceis, inclusive, o Pit Bull considerado um cachorro agressivo.
Como última dica, a especialista Alinne Karla Barros diz que a adoção é um bom caminho. “Esse momento vai ser lembrado pela criança pra sempre e vai ser uma memória inesquecível”, finaliza.
Fonte: NM Comunicação
Por Adnes Sousa
