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Convívio entre avós e netos: Pedagoga comenta sobre estudos que comprovam os benefícios para crianças e idosos

No último dia 26 de julho, foi comemorado o Dia dos Avós, data escolhida em referência ao calendário católico, já que neste dia é celebrado o Dia de Santa Ana e de São Joaquim, avós maternos de Jesus Cristo. A pedagoga Carollini Graciani afirma que esse pensamento não pode ser levado ao pé da letra e explica que essa relação é altamente benéfica e vai muito além de afetividade.

“Precisamos pensar que estabelecer regras é função dos pais, logo, aos avós caberá ser o colo, a acolhida e o afeto. O estímulo dessa troca afetiva contribui muito para o bem-estar da criança e fará com que ela seja um adulto melhor, destaca a professora do curso de Pedagogia da Estácio”.

Carollini revela ainda a existência de estudos científicos que comprovam que ambos os lados são favorecidos nesse relacionamento: os avós se sentem amados e ativos, com possibilidade de redução de doenças como depressão, por exemplo. Já as crianças, desenvolvem autoestima e aprendem sobre empatia e bondade.

– Essa relação afetiva favorece demais o desenvolvimento da criança e um dos pesquisadores sobre o tema, James Bates, revelou em um estudo alguns importantes reflexos que os avós proporcionam aos netos, como ajudar as crianças a entenderam a origem da família e sua árvore genealógica; têm papel de mentores por todo seu conhecimento de vida, sabedoria e maturidade; ensinam sobre caráter; têm importância na questão espiritual, com conforto e encorajamento; e se esforçam ao máximo para realizar atividades de lazer com as crianças, o que muitas mães e pais não conseguem por falta de tempo.

Para a pedagoga, que perdeu recentemente sua avó, Dona Conceição, aos 82 anos de idade, as famílias devem incentivar, cada vez mais, esse convívio.

“Posso dizer que tive o privilégio de ter sido cuidada pela minha avó quando eu era criança e me sinto grata por poder ter retribuído esse cuidado em seu final de vida. Os avós nos transformam em adultos mais fortes, mais humanos, nos ensinam sobre paciência, a sermos mais observadores e deixam boas memórias guardadas em nós. É preciso deixar que netos e avós criem essa relação, façam atividades entre eles, como cozinhar, contar histórias, tomar sol, cantar. Tudo isso só traz benefícios ao desenvolvimento emocional das crianças”.

A professora da Estácio conclui dizendo que a rica troca de cultura entre as gerações é outro ponto importante nessa convivência, onde a criança vê nos avós uma referência de paciência, colo e carinho; e os idosos aprendem com os pequenos sobre o mundo atual como, por exemplo, a transitarem na tecnologia, com dicas de como usar o celular ou o computador.

“Sei que estamos no meio de uma pandemia, onde o contato com os idosos deve ser restrito, mas as famílias precisam estimular esse convívio das crianças com os avós, tomando os devidos cuidados, é claro, ou optarem por chamadas de vídeo, por exemplo, para que não percam o contato. As famílias não podem perder a oportunidade de estreitar esse laço tão profundo, opina Carollini”.

Fonte: Agência Eko

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing, Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará - Brasil.

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