Cultura

Nas asas da FAB: A história e a integração da Amazônia

Por Douglas Dinelly ( Jornalista)

O visitante que já teve o privilégio de conhecer o “Memorial da FAB na Amazônia”, que completou, recentemente dois anos de criação, parece ouvir os ecos dos poderosos motores, a pistão radial, de dois aviões que escreveram suas rotas de voo, impelidos pela competência, destemor a amor de seus pilotos, mecânicos e outros tripulantes. Os nascidos às margens dos rios madeira, negro, amazonas, tapajós, e outros cursos d’água, jamais esquecerão o ronco inconfundível dos motores, do Catalina (Pratt &Whitney, R 1830-92, Twin Wasp), e do Douglas C 47 “Skytrain”, (Pratt & Whitney, R 1830-90 C, Twin Wasp”. Distantes dessa era de desafios, sonhos e cumprimento de missões humanitárias pelos ribeirinhos, indígenas e populações da floresta amazônica, a partir da década de 40, saudosistas e gerações atuais, têm um encontro marcado com aquele mundo inóspito que revelou heróis que articularam com valentia as primeiras oportunidades de aproximação entre interioranos e moradores das principais cidades do Norte.

O Memorial da FAB, na Amazônia, envolve o visitante no universo de conquista da região com uma riqueza de pesquisa histórica, por meio de painéis, biblioteca, espaços dedicados a homenagear brigadeiros, oficiais, suboficiais, mecânicos, corpo de saúde, e civis que muito ajudaram naquela epopeia, agora à disposição da sociedade paraense, historiadores e apreciadores dos museus e memoriais. Na galeria de bustos, o destaque merecido ao inventor paraense, Júlio Cézar Ribeiro de Souza, precursor da dirigibilidade aérea. No mesmo plano de relevância, as figuras dos patronos da FAB, o Marechal da Ar, Eduardo Gomes e Santos Dumont, o pai da aviação.

O memorial foi inaugurado em 23 de maio de 2019, na gestão do atual major-brigadeiro do Ar, Ricardo de Campos, com a presença do governador do Pará, Helder Barbalho, e outras autoridades civis e militares. Em razão da pandemia o espaço suspendeu as visitas, mas se prepara para receber o público, em especial estudantes, de escolas públicas e privadas, desde que em condições e avaliações do cenário da pandemia. O atual titular do I Comando Aéreo Norte, major-brigadeiro Maurício Medeiros, também é um entusiasta do Memorial para que os visitantes conheçam o trabalho da FAB, suas organizações na defesa e desenvolvimento do país e os cuidados com as populações da floresta.

Fotos – Divulgação FAB

Texto – Douglas Dinelly 

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing, Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará - Brasil.

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