Arte em Cores, projeto patrocinado pela Vale, deu visibilidade ao talento de jovens do Pará e do Maranhão
Uma construção artística inédita que ganhou as redes sociais e transformou vidas através do desenvolvimento de painéis de arte inspirados em técnicas como grafite, estêncil, colagem, entre outras. Este é o resumo do Projeto Arte em Cores, que encerrou com chave de ouro sua primeira edição na primeira quinzena de março. Adaptado para ser realizado durante a pandemia da Covid-19, o projeto que é patrocinado pela Vale via Lei de Incentivo à Cultura, levou a potência criativa e transformadora das múltiplas linguagens da arte urbana para a realidade de jovens talentos e artistas já reconhecidos de quinze municípios dos estados do Pará e do Maranhão.
A iniciativa faz parte de ação formativa, com a entrega de 340 kits para a realização de oficinas de artes plásticas com crianças e jovens de escolas públicas das regiões atendidas pelo projeto
O Arte em Cores beneficiou jovens dos municípios paraenses de Bom Jesus do Tocantins, Marabá, Curionópolis, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Ourilândia do Norte e Tucumã; e no Maranhão, das cidades de Arari, Vitória do Mearim, Igarapé do Meio, Santa Inês, Pindaré-Mirim, Alto Alegre do Pindaré, Açailândia e São Pedro da Água Branca.
A última ação do projeto foi o envio de 340 kits para a realização de oficinas de artes plásticas com crianças e jovens de escolas públicas das regiões atendidas pelo projeto. A iniciativa faz parte de ação formativa, prevista como contrapartida na Lei de Incentivo à Cultura. Cada conjunto vem com uma camiseta, dois pequenos potes de tinta (de cores variadas), esponja, um molde de estêncil e um folheto com orientações sobre a aplicação das cores no tecido.
Os kits foram entregues para representantes dos municípios maranheses de Açailândia (100 unidades) e Alto Alegre do Pindaré (70 unidades), e Marabá (170 unidades).
Arte em Cores
Na fase inicial, o projeto selecionou 48 propostas de trabalhos dentre as 130 inscritas no edital publicado em setembro do ano passado. Do total das 111 inscrições validadas, 40% foram de mulheres. O projeto também promoveu oficinas on-line e presenciais de formação, contribuindo para o aperfeiçoamento técnico dos participantes e viabilizou atendimento remoto às intervenções artísticas. Foram distribuídos R$ 75 mil em premiação para os participantes.
Nos meses de outubro e novembro de 2020, o Arte em Cores montou uma grande operação de logística para dar suporte à produção dos 48 participantes nas suas respectivas localidades. O caminhão do projeto percorreu seis mil quilômetros para entregar na residência de cada artista, cumprindo todos protocolos e medidas preventivas de combate a pandemia, um kit para a produção das obras, composto de sprays e latas de tinta, pincéis, pigmentos, um painel de MDF de 0,9mx1,85m e outros equipamentos de trabalho e proteção. Depois de produzidas, as obras foram recolhidas e levadas para o Centro Cultural Tatajuba, parceiro do projeto, em Imperatriz (MA).
Na avaliação de Gilberto Scarpa, coordenador e curador do projeto, a edição revelou um potencial artístico que estava circunscrito às comunidades e ultrapassou fronteiras. “E isso foi mérito dos participantes, que atuaram com muito comprometimento, senso de coletividade e profissionalismo. Eles valorizaram sobremaneira todo o esforço feito para que o Arte em Cores fosse realizado, mesmo nestas condições adversas, e isso nos motiva ainda mais para organizar novas edições”, projeta.
O trabalho dos dez artistas selecionados no Pará e no Maranhão estão na Sala Gurupi da galeria virtual do projeto, disponível no https://www.arteemcores.art.br/
Galeria virtual e painéis coletivos
Os trabalhos estão disponíveis nas duas salas da galeria virtual no site do projeto (https://www.arteemcores.art.br/), lançadas em dezembro de 2020 com uma live no Instagram. Na Galeria Encontro das Águas, em homenagem à sinergia artística dos representantes dos estados do Pará e Maranhão, os 48 painéis produzidos na primeira etapa do Arte em Cores estão expostos. Os trabalhos refletem o talento, a sagacidade e as experiências coletivas dos participantes durante as atividades de formação à distância.
A Sala Gurupi, que homenageia o rio que banha a divisa entre os dois estados, o Pará e Maranhão, e apresenta os dez artistas escolhidos pelos jurados para representar suas comunidades e todos os participantes do projeto na criação coletiva de dois painéis de arte urbana, em Marabá (PA) e Açailândia (MA), realizada em dezembro.
O primeiro encontro, em Açailândia (MA), no período de 9 a 12 de dezembro, foi realizada pintura do muro da praça da rodoviária local e das fachadas de três estabelecimentos comerciais vizinhos, numa área total de 255m2. Ponto de chegadas e partidas de milhares de pessoas, o local ganhou novas cores e sentidos que revitalizaram aquela importante área da cidade.
Em terras paraense, os artistas se reuniram em Marabá, no período de 16 a 19 de dezembro, para a produção do painel coletivo no Viaduto da Folha 26, na Rodovia Transamazônica. Inspirados pela origem do nome da cidade, que em Tupi-Guarani remonta à miscigenação e também a um espírito protetor dos animais, os artistas ressignificaram, no painel, a natureza, a diversidade cultural da região, e valorizaram a memória coletiva local.
O trabalho dos participantes do Arte em Cores é sucesso também nas redes sociais. Entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, a divulgação do projeto no Facebook e no Instagram alcançou mais de quatro milhões de usuários. A galeria virtual hospedada no site do projeto recebeu quase 30 mil visitas de todo o país e também do exterior.
Para o artista Rodrigo Ferreira, o Rod77, de Parauapebas, o projeto revelou uma nova versão de um experiente artista. “O Arte em Cores foi um fertilizante que estimulou a germinação de ideias ousadas e inovadoras que me tiraram da zona de conforto. Além disso, pude aprimorar técnicas, explorar e lapidar possibilidades. E tudo isso imerso em uma agradável atmosfera, na qual novas conexões e histórias agora fazem parte da minha vida”.
O projeto Arte em Cores tem patrocínio da Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, apoio do Instituto Tatajuba, e é realizado pela Vivas Cultura e Esporte, Ministério do Turismo e Secretaria Especial da Cultura – Governo Federal.
Fonte – Relacionamento com a Imprensa Regional – Vale