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Mais de 60 mil quelônios são devolvidos à natureza em Terra Santa e Oriximiná

Mais de 15 mil quelônios foram devolvidas à natureza, dia 14 de março, na Fazenda Aliança Piraruacá em Terra Santa e 47 mil em Oriximiná no período de 06 a 14 deste mês. A ação faz parte do ciclo de soltura do projeto de conservação ambiental Pé-de-Pincha, que neste semestre deve totalizar, aproximadamente, 65 mil quelônios soltos neste município e em Oriximiná, ambos no oeste do Pará.

Por conta do período pandêmico e objetivando preservar a saúde de todos, não foi possível realizar o amplo encontro, que reúne convidados diversos (escolas, universidades, poder público, instituições privadas, ONGs, comunitários, entre outros), para evitar aglomerações. Assim, a ação simbólica de soltura envolveu equipe reduzida do Pé-de-Pincha como representantes da Mineração Rio do Norte (MRN), Prefeitura Municipal de Terra Santa, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Terra Santa, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Fazenda Aliança e voluntários.

Voluntários na soltura de quelônios em Terra Santa

Em Oriximiná, equipes realizaram solturas em diversos polos de município no período 06 a 14 de março, envolvendo representantes da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), UFOPA, Prefeitura Municipal de Oriximiná, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, famílias envolvidas e voluntárias nas comunidades.

A comunidade de Ascenção, no Lago Sapucuá, é parceira do projeto desde 2001. De lá para cá, observa que a iniciativa contribuiu para aumentar o número de quelônios nesta localidade, que, antes, era mais reduzido. “É muito bom esse projeto porque, antes, fazia tempo que não víamos essas espécies. Quando começamos o projeto, eram poucos. Hoje já temos uma quantia de quase 3 mil filhotes de quelônios para soltar. Cresceu. Por isso, é muito bom”, relata o agricultor Lázaro Figueiredo.

Para a agricultora Rubervana Marques, que participa há 7 anos do Pé-de-Pincha na comunidade São João, no Lago Caipuru, é um projeto importante porque contribui com a conservação dos quelônios no meio ambiente. “É uma forma de incentivar as pessoas da comunidade, principalmente as crianças que são muito empenhadas neste projeto, a preservarem nossos quelônios”, declara.

Para o agricultor José Augusto Sarmento, que há quatro anos coordena os trabalhos de campo do projeto na comunidade Boa Nova, os comunitários têm percebido a importância da contribuição deles em cada etapa como a coleta de ovos e a soltura. “Quando iniciamos, achamos bonito e depois fomos entendendo que é um trabalho de gratidão da comunidade com o meio ambiente”, assinala.

Realizado desde 1999, o projeto é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) com a parceria da Mineração Rio do Norte (MRN), prefeituras municipais e voluntários (comunidades, instituições públicas e privadas), que tem contribuído para garantir a conservação de quelônios na Amazônia.

            Com a pandemia da covid-19, foram grandes desafios para superar em 2020. “Esse ano foi diferenciado. Tivemos que efetivamente rever e repensar o sentido e significado da palavra proteção e prevenção, pois a espécie em ameaça já não era somente as dos quelônios. O principal desafio foi realizar todas as ações mantendo nossos parceiros e voluntários motivados e engajados no objetivo de proteção à espécie”, conta Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da MRN e coordenadora do projeto pela empresa.

Sandra Azevedo, coordenadora do Pé-de-Pincha pela UFAM, ressalta o empenho dos comunitários voluntários e parceiros como fundamental em 2020. “O caminho pode ter sido difícil, às vezes até demais, mas todos souberam manter a confiança uns nos outros, e não desistiram em manter o projeto vivo. Nosso muito obrigada a todos os voluntários, comunitários e demais parceiros”, declara a coordenadora, que há 21 anos dedica-se ao projeto.

Balanço – Desde 1999, já foram devolvidos à natureza 5,65 milhões, contribuindo para a conservação destas espécies. Para 2021, a previsão total de soltura é de 65 mil filhotes de tartarugas, tracajás, pitiús, calalumãs ou irapucas, que serão inseridos na natureza com o apoio da MRN, do governo, da instituição de pesquisa e de 26 comunidades de Oriximiná e Terra Santa.

O graduando de Zootecnia da UFAM, Ruben Rodrigues, destaca que o ano de 2020 foi bem desafiador para desenvolver o projeto, mas foi possível manter o alinhamento com as comunidades. “Já que o projeto existe há muitos anos em Oriximiná, os comunitários conseguiram trabalhar por já terem o manuseio da técnica, contando com o nosso apoio de forma remota. Vamos seguir acompanhando como pudermos, sempre tendo em vista a segurança deles e a nossa também”, comenta Rodrigues.

Envolvimento – As 26 comunidades ribeirinhas participantes do projeto em Oriximiná e Terra Santa são envolvidas em todas as etapas do processo: desde a identificação das covas dos ovos até a ida dos filhotes para os berçários, onde os filhotes permanecem até o momento da soltura dos animais nos lagos e rios de origem. No início do projeto, a MRN doou canoas, motores, rabeta e combustível para as comunidades envolvidas. Atualmente, a empresa tem contrato de patrocínio com a Universidade Federal do Amazonas – UFAM, através da Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (Unisol). Além do patrocínio, a MRN continua fornecendo suporte necessário na logística e outros insumos para os trabalhos de coleta e eclosão dos ovos, e para a manutenção dos filhotes nos berçários.

 

Por  Solange Campos – Temple Comunicação 

 

Mineração Rio do Norte 

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing, Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará - Brasil.

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