A Secretária de Cultura do Pará Úrsula Viral fala sobre o Fórum: ”A cultura está em todo lugar, é parte da dimensão simbólica de nossa própria existência social. E ela precisa ser enxergada nas politicas públicas como um elemento central no desenvolvimento sócio econômico. Mapear o tamanho e compreender a dinâmica dessa gigantesca rede de fazedores e fazedoras de cultura do Pará é urgente, para podermos planejar as ações. Hoje temos mais de 32 mil agentes culturais cadastrados em nossa plataforma Mapa Cultural do Pará, que conta com 111 municípios inseridos num Termo de Cooperação – um esforço que só foi possível graças à necessidade de executar com rigor, planejamento e organização os mais de 125 milhões de reais repassados ao Pará, por meio da Lei Aldir Blanc. Já avançamos muito, mas ainda há recursos represados na conta de muitas cidades. Mais de 100 municípios trocaram de dirigente cultural. Vamos ter que reconectar essa rede.
A experiência de trocas e aprendizados na execução da Lei Aldir Blanc reforçou a importância dos Fóruns de dirigentes de cultura, em todo o Brasil. Nossa intenção neste Seminário com novos dirigentes culturais é fortalecer esta rede de trabalho colaborativo, bem como auxiliar no planejamento e realização das ações de política cultural no Estado. Vamos propor a criação do Fórum Estadual de Dirigentes de Cultura do Pará.
Teremos mesas de debates sobre os instrumentos de captação de recursos, através de fundos, Leis de incentivo e emendas parlamentares. Lançaremos também um olhar sobre a potencialização das capacidades locais, propondo uma visão transversal entre Cultura, Turismo e Empreendedorismo. É preciso se voltar para os territórios e valorizar, cada vez mais, o patrimônio arquitetônico e simbólico, presente em nossas práticas e fazeres culturais. São ativos únicos que geram um senso de pertencimento na comunidade e elevam a auto estima, além de serem um motor importantíssimo de geração de renda nas cidades. Teremos a participação do SEBRAE, da SEDEME, da SETUR, da SEPLAD e de gestores muito experientes no fortalecimento do movimento municipalista e na ativação destas redes colaborativas.
Iremos, ainda, disponibilizar material didático e de consulta para operação dos meios de captação de recursos, além de oferecer um cardápio de oficinas de formação para agentes públicos e agentes culturais. As demandas que surgirão deste primeiro encontro nos darão substância para planejar as ações seguintes, que terão o pulso da diversidade extraordinária de contextos e realidades deste país que se chama Pará. Quanto ao trabalho do Fórum Estadual de Gestores Municipais, este será um espaço da política municipalista, com seu protagonismo e sua força. Vamos dar o ‘input’, mas o trabalho será proposto e desenvolvido pelo Fórum, com a articulação fundamental da FAMEP e com total apoio e suporte – se necessário – do Governo, por meio da Secult.”
