Expedição Pedro Teixeira, a Nova Descoberta do rio das Amazonas. Anotações do Diário de Bordo (05).
Olimpio Guarany (Capitão)
Partimos de Breves bem cedinho rumo a Curralinho. Nosso destino é Belém de onde partiu a Expedição de Pedro Teixeira em 1637.
Por cerca de duas horas ainda navegamos no estreito de Breves, mas logo entramos no rio Pará. A geografia dessa parte do Marajó muda um pouco porque o rio Pará é bastante largo. Há trechos em que, de uma margem à outra, a distância é de aproximadamente de 21 km.
Navegando por essa parte do delta do rio Amazonas, observamos um aumento no volume de tráfego de embarcações, tanto de passageiros quanto de cargas. É um vai e vem de balsas e navios que atendem o circuito Belém-Macapá-Manaus. Isso exige mais cuidados dos navegadores de barcos menores como nosso veleiro.
Apesar dos ventos fortes soprando contra, ainda pegamos um bom trecho com a maré vazando o que ajudou nosso deslocamento. Foram 44 milhas navegadas e chegamos a Curralinho por volta das 16h
Conseguimos aportar próximo a um posto flutuante de combustível. Mas logo veio um aviso de que o local onde estávamos secava na maré, ou seja, tinha pouco calado e isso poderia encalhar nosso barco. Como ainda tínhamos algum tempo até a vazante, aproveitamos e demos uma volta na cidade, fizemos umas compras no mercadinho mais próximo e passamos na padaria para comprar o pão para o café da tarde.
Curralinho tem pouca ou quase nenhuma atração. É um município pequeno, fundado na primeira metade do século XX e a população é de cerca de 35 mil habitante.
As ruas não são asfaltadas, os moradores dizem que não tem água encanada em boa parte da cidade e o que se vê nas ruas é mais movimento de motociclistas.
Antes de retornamos para o barco ainda fomos visitar uma igreja, mas estava fechada. Deu para ver um grupo de jovens que ensaiava uma dança do lado de fora. Fizemos algumas fotos e retornamos ao barco.
Já era quase 17h30, tomamos o café e tratamos de nos preparar para o pernoite.
Devido a intensidade do tráfego de embarcações nas imediações da cidade, não foi possível fundearmos e conduzimos nosso veleiro para fazer o contrabordo de uma pequena embarcação que estava atracada num posto de combustível.
Não foi uma noite se sono tranquilo por causa dos banzeiros provocados pelo movimento das embarcações, principalmente de madrugada.
Nesse caminho para Belém ainda temos mais uma parada na ilha Joroca antes da travessia da baia de Marapatá, conhecida também como baia do Conde. Mas esse assunto é para o próximo episódio.
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Até a próxima semana. Forte abraço!