Mercado imobiliário em crescimento diz Censo
O 10° Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua revelou que o terceiro trimestre de 2020 foi o melhor de vendas, desde 2018
Foi divulgado na noite de ontem, (24), o 10° Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), com apoio da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PA). A pesquisa entregou os dados referentes do terceiro trimestre deste ano relacionado ao mercado imobiliário e indicou o maior crescimento de vendas desde janeiro de 2018.
De acordo com o censo, as vendas no mercado imobiliário de Belém e Ananindeua refletem um aumento e uma recuperação das quedas que o setor apresentou no segundo trimestre de 2020, em razão da pandemia do novo coronavírus, mas ainda assim, o crescimento é muito pequeno, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2019, foram lançadas 976 unidades, enquanto que este ano foram lançadas apenas 256. O mesmo comparativo mostrou que o crescimento do terceiro trimestre em comparação ao segundo foi superior a 300%, entretanto, esse valor se dá, de fato, com aumento de 196 unidades habitacionais.
Fábio Tadeu, sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica, empresa que realizou a pesquisa, comentou estes dados. “Durante o período de três anos, a maior fase de vendas nas cidades de Belém e Ananindeua aconteceu entre julho e setembro de 2020. Isso é um grande destaque, considerando não apenas a pandemia, porque o Brasil inteiro está vendendo bem, mas o fato de não termos tido praticamente lançamentos este ano. O terceiro trimestre foi melhor que o segundo, mas ainda assim, muito pior em termo de lançamento comprado ao mesmo período do ano passado, ou seja, quando não tem lançamento é mais difícil de vender e este aumento muito intenso das vendas é um sinal muito positivo de que os moradores de Belém e região Metropolitana estão com apetite grande para compras de imóveis e abrem oportunidades para as incorporadores da região aumentarem o volume de lançamentos neste final de ano e começo de 2021”, disse Tadeu.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), Alex Carvalho, explicou uma das razões para o crescimento do mercado imobiliário. “Existe uma evolução no volume de vendas, ocorridas neste trimestre, um dos motivos está ligado a consolidação que a percepção da pandemia do coronavírus trouxe, uma necessidade maior em comprar seus imóveis. O aumento também se traduz nas baixas de juros e a flexibilização de acessos a novos financiamentos imobiliários”, comentou Alex.
O censo demostrou que no terceiro trimestre deste ano, as compras de unidades habitacionais foram superiores ao quantitativo de lançamento de imóveis. Entre julho a setembro, foram lançadas 228 unidades verticais e vendidas 518 unidades. Representando que os estoques das incorporadoras e construtoras também estão sendo adquiridos.
O presidente do Sinduscon-PA comentou que a deficiência gerada pela burocratização causa a demora de lançamentos, que por sua vez acarretam na elevação dos preços dos imóveis considerando a lei de oferta e procura, “o que pedimos é que haja realmente uma conscientização maior de todos os players, porque o que tá demonstrado é que demanda tem, existe o escoamento dos produtos, o estoque de imóveis está razoavelmente baixo e isso mostra que existe uma demora para os lançamentos, nos termos da lei da oferta e da procura temos inevitavelmente aumento de preços”, disse.
Alex também falou sobre as dificuldades que o setor ainda enfrenta para manter o crescimento. “Este baixo crescimento do nosso mercado está cada vez mais evidente do quanto se perde de negócios, de geração de empregos, que poderiam estar acontecendo em uma velocidade muito maior do que ocorre. Então todas essas travas, todos esses engessamentos burocráticos estão levando Belém e região Metropolitana a ficar pra trás”.
Além disso, segundo o Sinduscon-PA, a alta de preços dos materiais de construção, acima do esperado, reflete no andamento dos lançamentos futuros que certamente impactará os resultados do próximo censo imobiliário. “Temos um cenário muito preocupante e recentemente tivemos sucessivos aumento de preços dos materiais de construção, muito acima do que pudesse ser absorvido, até mesmo pelos clientes. Isso pode impactar os resultados do próximo trimestre, mas o fato é que fica o alerta é que esses outros agentes têm uma interfase do mercado imobiliário fiquem atento a necessidade de mudança imediatas, necessidade de modernização de todos os processos para que o nosso mercado não fique para trás”, declarou o presidente Alex.
O 10° Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua contou com o apoio da Federação das Indústrias (FIEPA) e da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PA), com organização do Senai e da Câmara Brasileira da Indústria (CBIC).
Por Débora Barbosa
Assessoria de Comunicação
Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA)