Oscar Teixeira fala sobre Novembro Azul e pandemia
Médico Oscar Dias Teixeira Junior renomado urologista paraense em entrevista para este portal.
Especialista em Urologia emitido pela SBU, Médico Urologista do Hospital Albert Einstein (São Paulo-SP), Médico Andrologista do PRONATUS (Centro de Reprodução Humana) em Belém-PA, Diretor proprietário do CTU – Centro de Tratamento Urológico (Belém – PA), Membro Internacional da AUA (Associação Americana de Urologia), Membro Internacional da CAU (Associação Latino Americana de Urologia).
1.Área de atuação?
Urologia, Andrologia e Reprodução Humana.
2.Como administra a pandemia?
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a crise causada pela pandemia do coronavírus tem causado mais estresse na população. As pessoas estão preocupadas com a saúde, com os idosos, com os empregos, a vida social e a economia. Sem previsão de quando a vida volta à normalidade, é necessário buscar alternativas para driblar a ansiedade. Vale ressaltar que entre as principais dicas, estão a manutenção do equilíbrio da saúde mental, prática de atividade física, organização financeira e a busca de novos aprendizados.
3.Vamos ter segunda onda?
Sim, dava para imaginar que teria uma segunda onda. É simplesmente fazer uma avaliação histórica pregressa de outras pandemias. Apesar das diferenças entre si, os vírus respiratórios têm um padrão recorrente de comportamento e as pandemias também.
4. Aposta na vacina?
A média móvel das mortes por Covid-19 entre nós está consistentemente declinante. Idem os casos. Se as previsões dos especialistas lá no início da pandemia continuam valendo, devemos ter atingido algum grau de imunidade coletiva combinada com o que ainda resta de distanciamento social.
5.Quais são as dúvidas que persistem?
Uma é se haverá novas ondas. Mas a principal delas é sobre a vacina. Nesse tema, juntam-se a difusão cada vez mais agressiva de teorias e militâncias do movimento antivacina e o natural cuidado que a ciência deve adotar em terrenos ainda desconhecidos ou pouco conhecidos.
6.Quando haverá vacina disponível em massa e quanto ela funcionará?
A rigor, ninguém tem certeza. E o quadro fica mais complexo quando a necessária colaboração planetária no assunto anda dificultada pelo acirramento das fraturas e disputas geopolíticas. Quem propiciar antes dos demais em massa um imunizante que funcione vai ganhar um soft power e tanto. Façam suas apostas.
7. Sobre novembro azul o que pode nos falar?
A iniciativa de designar o mês de novembro para a conscientização da população masculina sobre a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata teve início em 2003, na Austrália, e logo se espalhou, com campanhas por todo o mundo. Além disso, as ações durante o mês também buscam estimular os hábitos masculinos em ter mais atenção à saúde como um todo.
8.Falta consciência?
Homens com idade entre 35 a 65 anos, estudos mostram que a maioria tem conhecimento sobre os exames preventivos, 35% tiveram casos de câncer de próstata na família e conhecem os fatores de risco, que a dificuldade da prevenção prende-se a diversos fatores como a falta de informação da população e o preconceito desses exames. Percebemos que existem poucos estudos sobre a saúde do homem, e esperamos poder ter a consciência da necessidade de buscar medidas para aumentar a luta contra esta doença.
9.Falta campanha?
Há alguns anos, novembro tornou-se o mês oficial da prevenção ao câncer de próstata no Brasil. A campanha do Novembro Azul está espalhada por equipamentos de saúde, comerciais de TV, e na boca do povo. No entanto, entidades como o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e até painéis do governo dos Estados Unidos sobre o tema não indicam a ampla realização de exames de rastreamento do câncer, chamado de PSA, e colocam em cheque sua eficácia em alguns casos.
10.As pessoas ainda não entenderam?
Estatística do Instituto Nacional do Câncer (Inca), diz que ainda 44% dos homens no Brasil nunca foram ao Urologista (Falta de informação, vergonha, preconceito ao toque ou medo da verdade). Temos que fazer os homens entenderem que precisam mudar o seu perfil através de maiores informações dos meios de comunicação, Melhor relacionamento médico/paciente, Maior conscientização e Pressão da família, dos filhos e da esposa.
11.O que você recomenda à população?
Melhor que se arriscar a ser alvo do câncer da próstata, é prevenir a doença com a simples decisão de ir ao urologista de sua confiança e realizar os exames de PSA e toque retal.